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Dry martini: aprenda a fazer o drink do James Bond

O agente secreto estava certo quando pedia seu coquetel batido, não mexido?

Por Marcos Nogueira
Atualizado em 4 jan 2018, 18h22 - Publicado em 4 jan 2018, 18h20

O dry martini é um perfeito exemplar de coquetel mexido, preparado em um recipiente e servido em outro. Isso é feito para que a mistura já esteja gelada quando for despejada no copo de serviço. Assim, logicamente, o vasilhame em que é feito o preparo deve estar repleto de pedras de gelo.

Esse recipiente, em um bar profissional, é um grande copo de vidro que recebe o nome de mixing glass. Você não precisa de um desses: um pint de cerveja ou mesmo uma jarra qualquer dá conta do serviço. O que não pode faltar é a colher bailarina, de cabo muito longo.

O martini e suas variantes chegam ao bebedor em uma taça, sem vestígios de gelo. Ou seja: a partir daquele momento, o drinque começa a esquentar. Por isso, é dever do barman servi-lo na menor temperatura possível. Essa é a razão por que os caras sempre tiram a taça do freezer ou a resfriam com gelo enquanto preparam o coquetel.

Não me parece que o procedimento retarde significativamente o aquecimento da bebida. O que ele faz, sem dúvida, é tornar inesquecíveis o primeiro e o segundo gole, quiçá o terceiro também. Drinques assim precisam ser tomados rapidamente, então nada de exagerar nas quantidades.

O dry martini é a evolução de um coquetel chamado martinez: uma mistura doce de gim, vermute e licor. Acabou se tornando, em sua forma mais radical, uma desculpa para beber gim puro sem parecer bêbado de sarjeta. A composição atual do dry martini leva gim (em geral do estilo London dry, bastante seco) e um nadica de nada de vermute branco seco.

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A receita oficial da Associação Internacional de Bartenders recomenda 10 ml de vermute – a marca francesa Noilly Prat é quase obrigatória – para 60 ml de gim, mas há gente que coloca apenas um borrifo. Sem exagero: há bartenders que usam borrifadores de perfume para deixar só uma leve lembrança aromática de vermute na taça.

E há a eterna controvérsia do James Bond. O agente secreto, personagem do autor inglês Ian Fleming, em vários episódios orienta o barman a preparar seu coquetel batido, não mexido. O que significa sacudir a bebida com gelo na coqueteleira em vez de misturá-lo delicadamente.

Um argumento bastante frequente contra essa releitura do martini diz que, ao bater o coquetel, o gelo se quebra em pedaços pequenos e derrete muito mais rápido. Como consequência, o drinque fica diluído em excesso e com cristais que não são retidos na coagem. Não me soa como um problema grave demais para uma receita composta por 6/7 de gim com 40% de álcool. De qualquer forma, cada um prepara o martini como bem entende, sem grandes críticas ou patrulha. Imagina se fosse assim com a caipirinha…

Dry martini

ingredientes
60 ml de gim
10 ml de vermute branco seco
Azeitona verde ou casca de limão-siciliano para guarnecer

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modo de fazer
Ponha uma taça de coquetel no freezer ou a preencha com cubos de gelo para resfriar.
Em um copo grande e cheio de gelo, adicione o gim e o vermute. Misture rápida e vigorosamente com uma colher bailarina.
Coe a mistura sobre a taça resfriada. Guarneça com azeitonas ou um twist de casca de limão.

(Reprodução/Giphy)

Este conteúdo foi publicado originalmente no livro Cozinha Bruta, do jornalista Marcos Nogueira

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