É verdade que o Brasil pretende fazer notas de plástico?
É, e a primeira leva chegará ao público em 22 de abril de 2000. Nessa data, em comemoração aos 500 anos do Brasil, o Banco Central lançará 125 milhões de cédulas plásticas de 10 reais. A tecnologia está sendo importada da Austrália, que começou a usar esse tipo de nota em 1988 e de quem o Brasil vai comprar o material (um polímero) para a impressão.
“O custo será 59% maior do que o do dinheiro convencional, mas vale a pena, pois a vida útil das cédulas acabará multiplicada por quatro”, explica o engenheiro químico Sergio Detoie, da empresa australiana Securancy, que está vendendo o polímero para o governo brasileiro. Além de resistente, o dinheiro de plástico não pode ser falsificado com a mesma facilidade que o de papel. Um truque comum dos trambiqueiros é lavar a tinta das notas de 1 real e sobre elas imprimir o valor de 50 reais. Com o polímero, a remoção da tinta será bem mais difícil.
Mais segurança
Como é feito o dinheiro que não usa papel.
O plástico, no início transparente, passa por rolos nos quais recebe sucessivas camadas de uma tinta branca, chamada opacificadora.
Em todas as notas será deixada uma janela, que continuará transparente. É uma marca de segurança.
Uma das camadas de tinta também pode não cobrir toda a cédula, deixando outros sinais para dificultar a falsificação.
O polímero tratado é impresso por máquinas da Casa da Moeda.