Um gigantesco aquário marinho
Eles pertencem, na verdade, ao reino animal. São celenterados, pequenos pólipos cilíndricos, que, ao morrer, deixam um esqueleto calcário que vai se amontoando até formar os recifes.
A Grande Barreira de Corais australiana é a maior do mundo. Avança por mais de 2 000 quilômetros acompanhando o desenho da costa do Estado de Queensland, no nordeste do país. Fica a apenas 16 quilômetros do continente nos pontos mais próximos e, nos mais distantes, a 160 quilômetros. A barreira não é um único recife, como se poderia imaginar, mas sim a soma de 2 900 deles. Mas como e quando esse imenso corpo submerso se formou? Pela junção de restos de incontáveis organismos marinhos, que deram origem a uma estrutura de pedra calcária, os recifes de corais, num processo iniciado há 20 milhões de anos. Não se deve confundir os corais com vegetais. Eles pertencem, na verdade, ao reino animal. São celenterados, pequenos pólipos cilíndricos, que, ao morrer, deixam um esqueleto calcário que vai se amontoando até formar os recifes. Os corais nascem em águas quentes e iluminadas, com temperatura geralmente acima de 22 graus Celsius, como é o caso desse trecho do litoral australiano. A Grande Barreira, por suas águas calmas e protegidas, também é rica em biodiversidade: além de 300 espécies de corais, abriga 200 000 espécies de peixes.