6 crimes bizarros (e chocantes!) cometidos por menores de idade
Seis casos perturbadores de maldade infantil e adolescente - incluindo um que matou o pai por causa das redes sociais e outro, por causa de um videogame
ILUSTRAS Ícaro Yuji
IMAGENS Reprodução
1) GAME OVER, PAPAI
Um garotinho saudita, de apenas 4 anos, queria muito um PlayStation. Mas muito mesmo. Sério: muitão.A ponto de não suportar a frustração diante da recusa do pai, para quem eletrônicos eram mais apropriados a partir da adolescência. O menino pediu o videogame insistentemente, mas o presente nunca chegava. Um dia, o pequeno perdeu a paciência.(Porque, aos 4 anos,a vida pode ser mesmo muito estressante, né?)
De acordo com o general Abdel Rahman al Zahani, que coordenou a investigação sobre o caso, o garotinho matou o pai com um único e certeiro tiro na cabeça. A criança teria aproveitado um momento de descuido da família para cometer o crime, quando o pai deixou sua pistola sobre a mesa de jantar, enquanto se trocava no quarto. Pois é, videogame não podia, mas arma de fogo ao alcance das mãos…
A autópsia do corpo concluiu que a morte do pai foi instantânea. Várias pesquisas pelo mundo contestam a possível relação entre a exposição prolongada a jogos de videogame violentos, como os de luta ou de guerra, e a adoção de comportamentos agressivos entre crianças, adolescentes e adultos. De todo modo, o menino saudita surpreendeu o mundo ao matar o pai por um videogame que ainda não tinha.
2) MATOU A MÃE PARA NÃO LAVAR A LOUÇA
Um menor de 17 anos esquartejou a mãe em São Paulo, em 2014, porque ela insistia que ele colaborasse com as tarefas domésticas. Segundo apolícia, o folgado não trabalhava nem estudava. Quando a mãe pediu que lavasse a louça, o rapaz a atacou com oito facadas, três no tronco, três no pescoço e duas nas costas.Com a ajuda da namorada, de 15, e de um amigo, de 19, o rapaz esquartejou o corpo e espalhou os pedados por terrenos baldios. Segundo vizinhos, o adolescente era satanista.
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3) SEM REDE SOCIAL, NÃO VALE A PENA VIVER
Adolescentes podem ser muito dramáticos, mas Hughstan Schilicker, de 15 anos, foi longe demais. O garoto vivia com a família na cidade de Mesa, no Arizona, e andava deprimido,sem motivo aparente. Quando o estudante publicou no MySpace que pretendia se matar, Ted, o pai do menino, achou que precisava tomar uma providência. Decidiu então excluir o perfil do filho e o proibiu temporariamente de usar o computador.
“Quando ele fez isso, era como se tivesse me esfaqueado”, disse Hughstan à polícia ao ser preso por matar o pai. Olha o drama. E foi só o começo.Sem acesso à internet, o garoto pensou num plano arrebatador para dar uma lição definitiva em seu carrasco. Decidiu que se mataria na frente do pai, para deixá-lo eternamente culpado.
Na hora, entretanto, Hughstan mudou de ideia e usou a espingarda da família para assassinar o velho de uma vez. O plano era se matar também em seguida. Mas o adolescente perdeu a coragem e mudou de ideia mais uma vez. Diante do pai morto, resolveu continuar vivo.Sem saber como lidar com a situação, telefonou para uma amiga, que o convenceu a avisar apolícia. Hughstan foi indiciado por homicídio e será julgado como um adulto. O pior é que, na cadeia, o adolescente vai continuar sem internet.
4) AS BOAS NOTAS DO ESPADACHIM
O japonezinho Seisaku Nakamura nasceu surdo em 1924 e não levou uma vida fácil. Teria sofrido maus tratos da família ao longo da infância, apesar de ser um excelente aluno na escola. Seisaku tinha uma obsessão: filmes japoneses em que ocorriam assassinatos com espadas. Não se sabe se foram os filmes ou a violência doméstica a maior influência para esse CDF se tornar um assassino mirim. O fato é que, em cinco anos, teria matado entre 9 e 11 pessoas com facadas, incluindo o irmão.
Aos 14, Seisaku tentou estuprar duas moças, que acabou matando. Nos anos seguintes, matou outras pessoas, inclusive crianças, e voltou a tentar estuprar mulheres e uma garota, sempre sem êxito. Em 1941, matou o irmão, e feriu o pai,a irmã,a cunhada e o sobrinho. Acredita-se que muitos de seus crimes tenham sido omitidos dos registros, para não alarmar o público em plena Segunda Guerra Mundial.
Seisaku foi finalmente preso em 1942. Naquele mesmo ano, seu pai cometeu suicídio, talvez pelo constrangimento público. Mesmo com o depoimento de médicos que atestavam sua insanidade, Seisaku foi condenado à morte. Foi executado, por enforcamento, em 1943, aos 19 anos. Nada de espadas no fim.
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5) UMA CONTA DIFÍCIL DE FAZER
Barry Dale Lukaitis tinha 14 anos e não gostava de matemática. Se você está se identificando com esse garoto, pare agora. Em vez de cabular a aula simplesmente, Barry foi para o colégio, na cidade de Moses Lake, em Washington, vestido de caubói, portando um rifle e dois revólveres. Na quinta aula daquela manhã de 1996, ele entrou na sala de álgebra e atirou contra a turma, matando dois colegas e ferindo uma garota. Em seguida, Barry atirou no peito da professora, Leona Claires.
Quando os demais estudantes olharam para o atirador apavorados, Barry disse: “Isso é muito melhor que álgebra,não é mesmo?”, frase que foi tida pela imprensa como uma citação do livro Fúria, de Stephen King, publicado originalmente com o pseudônimo Richard Bachman. Na obra, o protagonista invade a escola armado e atira no professor de matemática.Não se pode dizer que o professor de literatura tenha ficado orgulhoso.
O plano de Barry era levar um dos colegas como refém para conseguir deixar a escola sem ser preso. O treinador Jon Lane, que ouviu os tiros e entrou na sala, se ofereceu para acompanhar o atirador, que acabou dominado até a chegada da polícia. Barry foi condenado a duas prisões perpétuas, além de uma penalidade adicional de 205 anos. Ele deve estar atrás das grades agora, tentando fazer essa conta.
6) O TÉDIO É A MAIOR TORTURA, CARA
Durante o julgamento em que foram condenados a detenção por tempo indeterminado, dois irmãos da cidade de Edlington, no norte da Inglaterra, confessaram ao juiz que torturaram outras duas crianças com paus, pedras, tijolos, cacos de vidro e fogo por 90 minutos, apenas por estarem entediados. Os agressores e as vítimas, que não tiveram suas identidades reveladas, tinham entre 10 e 12 anos quando o incidente ocorreu, em 2009.
O réu mais velho disse no tribunal que a violência só terminou porque ele e o irmão ficaram com os braços cansados.A sessão de tortura aconteceu quando os irmãos convenceram dois amigos a os acompanharem até um terreno baldio para uma brincadeira. Sem ninguém por perto que pudesse ouvir seus gritos, os convidados foram rendidos e agredidos.
Além de atirar paus, pedras e tijolos nas vítimas, os irmãos obrigaram acriança mais nova a se despir e a simular um ato sexual. Eles ainda bateram uma pia de louça na cabeça do mais velho. Não bastasse, atearam fogo em pedaços de plástico e os jogaram sobre os meninos, provocando queimaduras. As vítimas sobreviveram e os agressores foram considerados culpados por roubo, agressão e tentativa de assassinato.