Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Como foi a conquista do monte Everest?

O ponto mais alto da Terra foi alcançado em 1953 pela expedição britânica chefiada por John Hunt

Por Fred Linardi
Atualizado em 22 fev 2024, 10h48 - Publicado em 17 mar 2012, 16h38

Monte Everest

O ponto mais alto da Terra foi alcançado em 1953 pela expedição britânica chefiada por John Hunt. O feito foi importante para a autoestima dos súditos da rainha, que haviam ficado atrás da Noruega na corrida pela conquista do Polo Sul, em 1911. Desde então, subir o Everest havia virado uma questão de honra, justificando décadas de investimentos em tentativas de subir o Himalaia. Além disso, após a 2ª Guerra Mundial, os britânicos tinham cada vez menos influência internacional. Tanto esforço culminou com o neozelandês Edmund Hillary e o sherpa (nepalês acostumado a altitudes de mais de 3 mil metros) Tenzing Norgay, membros da equipe de Hunt, fincando os pés sobre o gigante de 8.850 m – feito repetido mais de 2 mil vezes até hoje. “Os primeiros alpinistas foram heróis: não tinham tanta informação nem os mapas e equipamentos que temos hoje”, diz Thomaz Brandolin, primeiro brasileiro a chefiar uma expedição ao Everest, em 1991.

alpinismo-neve-frio-escalar-polo-alasca-gelo-inverno-esqui

LEIA TAMBÉM:

– Por que o K2 é a montanha mais perigosa do mundo?

– Quais são os esportes mais mortais que existem?

– Onde fica a maior montanha oceânica do mundo?

Para o alto e avante

Confira a trajetória
 da aventura de Hillary e Norgay

Caminho das pedras

A primeira expedição a desbravar o topo do Everest chegou pelo caminho mais instável: o colo sul. Lá existe a “cascata de gelo”, que se quebra e se refaz o tempo todo, além
 de fendas profundas, escondidas por finas camadas de neve.

Entre
 as dezenas de rotas atuais, o colo norte é a mais estável, com rochas, que dão mais apoio. A superfície, porém, exige mais habilidade física. Hoje
 em dia, os aplinistas têm internet, GPS e telefones via satélite. As garrafas de oxigênio, feitas de titânio, pesam 3 kg, e eles só carregam uma

Continua após a publicidade

Oxigênio pesado

A expedição contou
 com oito walkie-talkies, além de um rádio 
para a base com notícias inglesas e indianas.
 As garrafas de oxigênio,
 de alumínio, pesavam 
até 6 kg – cada
 um carregava três. Os sacos de dormir e as roupas
 até tinham tecnologia, como camadas de ar para evitar o resfriamento.

Prato cheio

Para manter a temperatura e a energia do organismo, a neve derretida era misturada com chá ou chocolate e muito açúcar, já que a água tirada do gelo montanhoso não tem sais minerais. O cardápio incluía sardinha, biscoito, damasco, tâmara, geleia de frutas, limonada e sopa.

A dieta atual tem produtos desidratados, que duram mais de dois anos e têm preparo instantâneo, tipo miojo. Também rolam isotônicos.

Barraca armada

As cerca de 30 barracas do acampamento base eram feitas de algodão e náilon. Cada uma tinha sua função: dormitório, refeitório, cozinha e atendimentos médicos. Na base, a expedição se comunicava com 
a Índia e com a Inglaterra. Os alpinistas subiam um pouco e voltavam a esse ponto todo dia. Hillary
e Norgay escalaram
 e voltaram oito vezes
– o trajeto todo equivaleu a 3,5 subidas do Everest.

Agora,
 são até 250 barracas na base. De lá saem boletins sobre as expedições via internet e fax. Há também cômodos de pedra e banheiros químicos. Antes
 de Hillary chegar lá, 15 alpinistas perderam a vida na escalada.

Continua após a publicidade

FORA DO AR

Os efeitos da falta de oxigênio no organismo

8.000 m – O aproveitamento
do oxigênio vai para 30%, causando muita náusea. A tosse dói como uma facada nas costas. Alucinações indicam que é preciso desistir e descer.

7.000 m – A esta altura, parece que rolou uma bebedeira: é difícil pensar para fazer coisas simples, até mesmo andar e falar. A laringe fica seca e pode congelar.

6.000 m – A diminuição da umidade aumenta o risco de desidratação. A tontura pode incomodar devido
ao excesso de calor depois de uma escalada mais difícil. O sol causa queimaduras.

Continua após a publicidade

5.000 m – O aproveitamento de oxigênio cai para 50%. A sensação é de ressaca e a ponta dos dedos pode sangrar nas fissuras causadas pelo frio.

4.000 m – A pressão do ar
pode causar edemas pulmonares, cerebrais e oculares. Os riscos aumentam à medida que a se avança.
A falta de apetite pode causar anorexia

3.000 m – A respiração fica curta, a insônia aparece e podem surgir dores de cabeça. Por isso, os alpinistas sobem aos poucos, para se adaptar ao clima.
 O frio beira 0 °C.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.