Trata-se de um fenômeno luminoso gerado nas camadas mais elevadas da atmosfera (400 a 800 quilômetros de altura) e observado com maior freqüência nas regiões próximas aos polos do planeta. No Polo Norte, chama-se aurora boreal; no Sul, austral.
Essas auroras ocorrem quando partículas com carga elétrica provenientes do Sol chegam às vizinhanças da Terra e são atraídas pelos polos sul e norte do campo magnético do planeta. Esse vento solar – como a chuva de partículas é conhecida pelos astrofísicos e astrônomos – consiste em um plasma quente e muito ralo. Plasma é um estado da matéria em que os elétrons se desprendem do núcleo dos átomos e passam a flutuar soltos por aí.
Normalmente, a carga elétrica negativa de um elétron é neutralizada pela carga positiva de um próton no núcleo do átomo. Quando um não está lá para botar rédeas no outro, ambos ficam ouriçados. Para fazer plasma, é claro, você precisa alcançar uma temperatura ridícula. E tal temperatra
Ao alcançarem a atmosfera, essas partículas se chocam com as moléculas de oxigênio e nitrogênio e interagem com elas – num processo semelhante à ionização de gases que faz acender o tubo de uma lâmpada fluorescente.
Esses choques produzem radiação em diversos comprimentos de onda, gerando assim as cores características da aurora, em tonalidades fortes e cintilantes que se estendem por até 2 000 quilômetros. “Enquanto a luz emitida pelo nitrogênio tem um tom avermelhado, a do oxigênio produz um tom esverdeado ou também próximo do vermelho”, afirma Augusto José Pereira Filho, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. “O campo magnético da Terra nos protege dessas partículas emitidas pelo Sol, que viajam a 400 km/s. Se não fosse esse campo, localizado a cerca de 100 quilômetros da Terra, onde ocorrem as auroras polares, teríamos sérios problemas de saúde, pois seríamos atingidos por essas partículas”, diz o astrônomo.
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