Trata-se de um fenômeno luminoso criado pelo atrito e pela vaporização de corpos sólidos vindos do espaço, os chamados meteoróides. Eles penetram na atmosfera a velocidades altíssimas – até 250 000 quilômetros por hora – e logo se desintegram. É esse processo que enxergamos como um rastro luminoso no céu e chamamos de estrela cadente. O fato de esse rastro ser ionizado – ou seja, eletrificado – causa ainda mais brilho.
Os meteoróides são objetos que vagam pelo espaço interplanetário consistindo geralmente de pedaços de cometas ou de asteróides. Os menores têm dimensões da ordem de 0,5 milímetro – massas de cerca de 1 miligrama – semelhantes a um grão de areia. Se for muito menor do que isso, dificilmente ele será visível nas condições normais da nossa atmosfera. Já entre aqueles grandes o suficiente para fazer um risco no céu, os maiores são da ordem de 1 centímetro – com massa de 1 grama. Se for muito maior do que isso, o objeto pode atravessar a atmosfera e cair na superfície da Terra (ou no mar), sendo chamado então de meteorito. Numa noite escura, com o céu bem limpo, é possível observar, com alguma sorte, mais de dez estrelas cadentes por hora, às vezes acompanhadas de explosões semelhantes a um trovão abafado. “Para não se desintegrar e conseguir chegar até a superfície da Terra, o meteorito precisa ser muito grande.
Por isso mesmo, esse fenômeno é muito mais raro “, afirma Walter Junqueira Maciel, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP.
1. Os meteoróides são rochas de tamanho variado, formadas por estilhaços de asteróides ou cometas
2. Ao invadirem a atmosfera a velocidades altíssimas, essas rochas se chocam com o ar e se desintegram. Vê-se, então, o risco luminoso no céu conhecido como estrela cadente
3. Rochas estelares demasiadamente grandes não se desmancham por completo: algumas partes chegam à superfície terrestre. São os chamados meteoritos