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Como se coloca o gás nos refrigerantes?

Refri de máquina tem um gosto estranho? É porque o gás da sua latinha vêm de um processo diferente daquele que é feito no seu fast food favorito.

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h12 - Publicado em 18 abr 2011, 18h49
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  • Antes de mergulhar na resposta, um dado inicial: os refrigerantes são formados por uma mistura de água, gás (no caso o gás carbônico, o CO2) e algum tipo de xarope, que dá a cor e o gosto da bebida. Mas essas três coisas não são combinadas de uma vez – primeiro, os fabricantes juntam a água e o gás, em um aparelho chamado carbonizador. Quando esses dois ingredientes se misturam, a água dissolve o CO2, dando origem a uma terceira substância, o ácido carbônico, que tem forma líquida. Depois, acrescenta-se o xarope a esse ácido. O último passo é inserir uma dose extra de CO2 dentro da embalagem para aumentar a pressão interna e conservar a bebida. Pronto: taí o refrigerante.

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    Você já deve ter percebido que, quando a garrafa está fechada, a mistura é um líquido homogêneo, sem bolhinhas de gás. Mas tudo muda quando a gente tira a tampa: primeiro, a gente ouve aquele “tssssssssss” – o barulho do CO2 extra escapando. Depois, começam a aparecer as tais bolhinhas. Isso acontece porque a pressão no líquido diminui e, lentamente, o ácido carbônico começa a se transformar novamente em gás e a escapar do líquido, na forma de bolhas.

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    Agora que você conhece o processo, pode estar se perguntando: não tem um jeito mais fácil de fazer refrigerante? Tem, sim: dá para misturar o xarope direto na água gaseificada natural, mas essa matéria-prima não é tão abundante quanto a água comum. Por isso, fica mais barato para as engarrafadoras misturar água e gás artificialmente. Elas recorrem a esse processo há mais de um século, quando os primeiros refrigerantes foram criados. A única diferença é que hoje há duas maneiras de juntar os ingredientes: a primeira é o chamado pré-mix (xarope e água com gás são combinados pouco antes de o líquido ser engarrafado), usado nas latinhas e garrafas. A outra é o post-mix (a mistura é feita na hora da venda), usado nas máquinas de refrigerante das lanchonetes.

    Fábrica portátil

    Máquinas das lanchonetes misturam os ingredientes da bebida na hora

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    1. Nas máquinas de refrigerante, os ingredientes da bebida ficam armazenados no próprio local de venda: cilindros de metal guardam os xaropes (no nosso exemplo, são quatro sabores diferentes), um bujão acondiciona o gás carbônico (CO2) e a água vem de alguma fonte filtrada. Nas etapas seguintes, esses três itens serão misturados dentro da máquina

    2. A composição começa com a mistura do gás carbônico e da água. Os tanques de CO2 e de água são ligados a um carbonizador, que comprime e dissolve o gás no líquido, formando o ácido carbônico — nada mais do que água gaseificada. Por um tubo, o líquido segue até uma serpentina, que resfria a bebida para a temperatura de consumo, de 4 ºC a 8 ºC

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    3. É só na saída da máquina, no finalzinho do processo, que xarope e água gaseificada se juntam para formar o refrigerante. As duas mangueiras se encontram e são misturadas durante a própria queda, no bocal. A quantidade de xarope depende da regulagem da máquina — dá para caprichar ou atenuar o sabor. Por isso, é muito difícil que o gosto do refrigerante de máquina seja igual ao de garrafa

    4. Fora da máquina, o ácido carbônico começa a se separar da água em forma de bolhas de CO2. O processo é bem lento e pode demorar horas. Por isso, a gente fica com a impressão de que há muito gás e xarope no refri — mas, na verdade, eles correspondem a apenas 1% da mistura! Os 99% restantes são apenas água

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