Como se faz gelo-seco?
Antes de saber como o gelo-seco é fabricado, você precisa saber que, ao contrário do gelo “molhado”, ele não é feito de água (H2O), e sim de dióxido de carbono, o CO2 que expelimos na respiração. Se na forma gasosa o CO2 é o famoso gás carbônico, no estado sólido ele é o gelo-seco que […]
Antes de saber como o gelo-seco é fabricado, você precisa saber que, ao contrário do gelo “molhado”, ele não é feito de água (H2O), e sim de dióxido de carbono, o CO2 que expelimos na respiração. Se na forma gasosa o CO2 é o famoso gás carbônico, no estado sólido ele é o gelo-seco que sorveteiro usa para o picolé não derreter na praia. Para fabricá-lo, é preciso coletar matéria-prima. Embora o gás carbônico esteja presente na atmosfera, os fabricantes não o retiram do ar, e sim do “lixo” da produção de outras substâncias. A produção de amônia, por exemplo, libera CO2, que é sugado por uma chaminé para um tanque especial. Nesse lugar, ele é resfriado e comprimido até atingir uma temperatura de -28 ºC e uma pressão de 300 psi, cerca de dez vezes a pressão dentro de um pneu de carro. A partir daí, basta abrir a válvula que fecha o tanque num ambiente com pressão normal. “Quando isso ocorre, o CO2 se expande. Metade dele vira sólido, metade vira gás. Nós usamos a parte sólida, um gelo-seco bem fininho, que será prensado no formato de blocos, cubos ou pequenos cilindros para ser vendido”, diz Antônio Alberto, gerente de produção de uma multinacional do ramo. A vantagem do gelo-seco em relação ao “molhado” é que ele se mantém a uma temperatura média de -80 ºC. Ou seja, ele é muito mais “gelado” do que o gelo “molhado”. Uma última – e óbvia curiosidade: você sabe por que o gelo-seco tem esse nome? É porque, quando aquecido, ele passa direto do estado sólido para o gasoso, sem virar líquido.