Como será nossa alimentação daqui a 100 anos?
Uma alternativa será a carne desenvolvida em laboratório. Ela é 100% natural, apenas cresce fora da vaca
Carnívoros, chorem
Criar gado exige espaço, água e ração (que, por sua vez, demanda ainda mais espaço e água). Como nada disso será abundante no futuro, esse alimento será cada vez mais caro. Uma alternativa será a carne desenvolvida em laboratório. Ela é 100% natural, apenas cresce fora da vaca. A tecnologia já existe, mas é dispendiosa: o primeiro hambúrguer feito desse material custou cerca de R$ 770 mil
Mato do mar
A pesca nos oceanos chegou ao limite de produção em 2004. A solução deve ser a aquacultura, que permite criar peixes, moluscos e crustáceos tanto no alto-mar como em viveiros em terra firme. Algas serão muito produzidas: além de alimento, servem para fazer ração, biocombustíveis e plásticos. Nosso menu também passará a incluir bizarrices como o pepino-do-mar
Gafanhoto à milanesa
Em algumas culturas, insetos já são comida. No futuro, todos teremos que encará-los dessa maneira. Faz sentido: enquanto 10 kg de ração geram só 1 kg de carne bovina, a mesma quantidade gera 8 kg de carne de insetos. Não precisa ficar com nojo. Eles poderão ser consumidos na forma de uma farinha rica em proteína ou de carne processada, como os atuais nuggets de frango
Salada de DNA
Atualmente, cultivamos só 7 mil tipos de vegetais, mas pesquisas indicam que há mais de 125 mil espécies comestíveis. Certamente abriremos espaço para elas no nosso cardápio – especialmente se forem mais nutritivas ou fáceis de plantar. É possível até que nós mesmos as criemos, com intervenções genéticas. Os alimentos transgênicos serão mais seguros e perderão a má fama que têm atualmente
– Como era nossa alimentação há 100 anos?
Horta em casa
O aquecimento global será uma pedra no sapato. Mas terá ao menos um aspecto positivo: as mudanças no clima permitirão plantações de certas espécies em áreas antes consideradas inadequadas. E, como o combustível para transporte ficará cada vez mais caro, o cultivo migrará da zona rural para as grandes cidades, em estufas privadas, em grandes prédios-fazenda ou no telhado das casas