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E se a Primeira Guerra Mundial não tivesse acontecido?

O mundo estaria mais populoso, mais preconceituoso e com menos avanços na tecnologia.

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h38 - Publicado em 21 ago 2014, 18h38
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  • Os rumos da humanidade seriam outros se o arquiduque da Áustria Franz Ferdinand não tivesse sido assassinado em Sarajevo em 28 de junho de 1914.

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    Em primeiro lugar, a Segunda Guerra também não aconteceria, já que foram as penalidades da Primeira que deixaram a Alemanha na miséria – e abriram caminho para a ascensão de Adolf Hitler. E esses dois eventos foram tão marcantes no século 20 que praticamente influenciaram todos os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos do mundo. Ou seja: sua vida hoje seria bem diferente!

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    A paz é um problema

    O mundo estaria mais populoso, mais preconceituoso e menos avançado

    Cada um no seu canto

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    Sem os dois conflitos, cerca de 80 milhões de vidas teriam sido poupadas. O mundo estaria ainda mais populoso e, sem as consequências terríveis do nazismo expostas ao mundo, ainda haveria muitos simpatizantes da extrema direita conservadora. Resultado: mais racismo e menos imigrações tanto na Europa quanto no mundo.

    Uma corrida devagar

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    Sem os altos investimentos em tecnologia durante os dois conflitos (e na Guerra Fria que se seguiu), os avanços científicos teriam acontecido mais lentamente. O foguete V-2 do exército alemão, por exemplo, acelerou a criação dos foguetes usados na Corrida Espacial. O homem provavelmente só chegaria à Lua mais tarde, já no século 21.

    Menos, porém melhor

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    Outra consequência da superpopulação e do avanço científico lento: haveria menos comida para todos. Em um mundo com múltiplos polos de poder, o setor alimentício demoraria para ser industrializado, especialmente em países subdesenvolvidos. Mas seu prato teria mais alimentos frescos, produzidos localmente e com menos agrotóxicos.

    Lugar de mulher é na cozinha

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    Se você é menina, diga adeus à carreira. Você provavelmente seria dona de casa, já que as mulheres só começaram a conquistar o mercado de trabalho quando os homens estavam no front de batalha. Sem os milhões de homens mortos nos conflitos, o feminismo e a revolução comportamental dos anos 1960 também não teriam rolado.

    Mozart bombando

    Sem a ameaça das guerras e do nazismo, vários grandes artistas permaneceriam na Europa, que manteria sua supremacia cultural. A influência norte-americana (especialmente a de Hollywood) seria menor. Nossa cultura seria menos pop e muito mais erudita. Você estaria mais acostumado a ir a concertos do que a shows de rock.

    Disputa de poder

    A trajetória de diversos países também seria outra

    EUA

    Foram os grandes vencedores (e beneficiados) em ambos os conflitos. Depois deles, passaram a disputar a influência global com a URSS. Com a paz, viveríamos num mundo multipolar, onde a Alemanha e a Inglaterra também seriam potências (e rivais entre si).

    Rússia

    É provável que ainda se tornasse comunista – a população já estava insatisfeita com o czarismo antes da 1ª Guerra. Mas, como não teria conquistado a Europa Oriental após a 2ª Guerra, sua influência mundial seria menor e mais focada na Ásia.

    Brasil

    Sem a pressão dos EUA para aderir aos aliados na 2ª Guerra, o rumo que Getúlio Vargas começou a tomar em 1937 seria mantido, talvez dando início a uma longa tradição de ditaduras no país. Os fascistas da Ação Integralista teriam mais espaço.

    Alemanha

    Sem a crise financeira após a 1ª Guerra, o país dificilmente apoiaria Adolf Hitler. É possível até que não se tornasse uma democracia. Os kaisers continuariam no poder. Não seria um caso isolado: é possível que os impérios Austro-Húngaro e Otomano ainda existissem.

    Índia e Egito

    Provavelmente, ambos ainda pertenceriam à Inglaterra. Assim como outras colônias, eles só conseguiram a independência depois que o país que os controlava havia sido enfraquecido pelas guerras. A Palestina não teria se tornado Israel.


    FONTES The Sleepwalkers, de Christopher Clark; 1913: In Search of The World Before The Great War, de Charles Emmerson; The First World War, de John Keegan

    CONSULTORIA Richard Lebow, professor de teoria política internacional do King’s College, de Londres, e autor de Archduke Franz Ferdinand Lives!: A World without World War I

    PERGUNTA Thiago de Oliveira Figueiredo, Blumenau, SC

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