Nossas mensagens seguem uma rota que passa por pelo menos quatro computadores. O primeiro, claro, é aquele em que a gente está digitando o e-mail. O quarto e último também é óbvio: é a máquina de quem vai receber a mensagem. O segredo está justamente no segundo e no terceiro computadores, que formam o meio de campo entre a máquina do remetente e a do destinatário. Esses dois computadores intermediários são os servidores. Um deles se chama SMTP, abreviação para Simple Mail Transfer Protocol, ou “protocolo simples de transferência de correio”. O outro é o POP3, Post Office Protocol, ou “protocolo de correio” – o 3 significa que esse tipo de servidor está na terceira versão. Esses servidores são enormes máquinas que fazem um serviço bem parecido com o do correio tradicional, armazenando, separando e mandando as mensagens para o endereço correto. Para realizar essas tarefas, os servidores utilizam programas que gerenciam todo o tráfego de mensagens, fazendo com que cada uma delas seja entregue para a pessoa certa. Os servidores são mantidos por serviços de e-mail como Yahoo!, Hotmail, UOL e Gmail, ou por empresas e instituições de ensino, para que trabalhadores e estudantes tenham um endereço de e-mail ligado a elas. Graças a esses megacomputadores, existem hoje cerca de 547 milhões de endereços de e-mail no mundo, que diariamente mandam 91 bilhões de mensagens eletrônicas pela web. Já é uma quantidade muito superior ao de cartas convencionais que os correios entregam. Só para dar uma idéia, no Brasil, circulam perto de 15 bilhões de e-mails por ano, enquanto o total de cartas não chega a 8 bilhões. Tá certo que os e-mails são muito mais rápidos que as mensagens de papel e caneta, mas o correio eletrônico também tem inconvenientes. Uma das maiores dores de cabeça são os spams, aquelas mensagens indesejáveis que a gente não pediu para receber, mas que entopem nosso correio eletrônico. A cada dia, nada menos que 28 bilhões de spams aborrecem os usuários de e-mails por todo o planeta!
1. Quando um usuário escreve um e-mail e aperta a tecla “enviar”, o computador começa uma viagem para entregar a mensagem. Primeiro, ele transforma a seqüência de letras e números na linguagem digital binária, formando enormes combinações de zeros (0) e uns (1), que variam de acordo com o que foi escrito
2. No passo seguinte, a máquina do remetente precisa se conectar a um grande computador, o servidor, que vai armazenar e encaminhar a mensagem para o destino correto. Geralmente, essa conexão é feita por programas do tipo “cliente de e-mail”, como o Microsoft Outlook ou o Eudora. Quando a mensagem é mandada por um serviço de e-mail que tem site na internet (o chamado webmail), os próprios sites se conectam ao servidor
3. Por meio de cabos ou linhas telefônicas, a mensagem chega ao servidor do remetente. Chamado de SMTP, esse servidor é um grande computador que identifica o domínio (a parte do endereço que vem depois do @) para encaminhar cada mensagem. Os e-mails que terminam em “@hotmail.com”, por exemplo, vão para o servidor do Hotmail, e assim por diante
4. Na quarta etapa, quem recebe as mensagens do SMTP é o servidor do destinatário, chamado de POP3. Ele entrega as mensagens recebidas por cada usuário. Para isso, o POP3 leva em conta o nome que vem antes do @. Por exemplo, o servidor POP3 do Hotmail separa todos os e-mails mandados a maria@hotmail.com e os envia para a caixa postal do usuário
5. A caixa postal de cada usuário nada mais é que um setor do disco rígido do servidor POP3. Protegida por senha, ela só pode ser acessada pelo dono da conta de e-mail. O tamanho da caixa postal varia em cada provedor hoje, alguns serviços gratuitos oferecem até 100 megabytes de espaço para mensagens
6. O passo final é quando o destinatário lê a mensagem. Para fazer isso, ele acessa a caixa postal usando novamente um programa do tipo cliente de e-mail ou o site de webmail. No computador, o modem faz o processo inverso do primeiro passo: converte a informação digital em letras e números, deixando o e-mail legível na tela