Segundo a lenda, ela faz referência a uma alquimista judia chamada Maria – que muitos identificam como Miriam, irmã de Moisés, o líder hebreu que viveu entre os séculos XIII e XIV a.C. Citada como grande perita em vários dos mais antigos tratados de alquimia, a ela costuma-se atribuir a invenção desse processo – que consiste em aquecer ou cozinhar lentamente, da maneira mais suave e delicada, qualquer substância mergulhando o recipiente que a contém em água fervente. Usa-se, portanto, para alimentos que, sob calor excessivo, perdem facilmente sua textura e seu sabor. Segundo a Larousse Gastronomique (Enciclopédia Gastronômica Larousse), uma bíblia da arte culinária, a expressão – mais conhecida no mundo todo em sua forma francesa: bain-marie – pode conter também uma alusão à Virgem Maria, símbolo de doçura, já que o termo evoca “o mais doce dos cozimentos”.