Delphine LaLaurie, a escravocrata mais sádica da história dos EUA
A socialite de origem francesa respeitada pelos ricaços de Nova Orleans era a maior torturadora de escravos do estado da Louisiana
ILUSTRA Aluísio Cervelle Santos
1) Nasceu em Nova Orleans (EUA), em 1775, e se casou pela primeira vez em 1808. Duas vezes viúva, teve seu último casamento com um renomado médico: Louis LaLaurie. Delphine era parente de políticos e tinha prestígio entre os ricaços da cidade.
2) Como socialite, madame LaLaurie promovia festas para a alta classe de Nova Orleans. Seus próprios convidados espalhavam boatos de que Delphine tratava os escravos com brutalidade, torturando e humilhando os criados de maneira obsessiva.
3) Quando Delphine começava uma punição, como uma série de chicotadas, não parava até deixar o escravo inconsciente. Os episódios de fúria chamaram tanta atenção que um juiz foi convocado a intervir. A família pagou uma multa e alguns escravos foram confiscados pelo governo.
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4) Graças aos parentes políticos, os LaLaurie recuperaram os escravos. Pouco tempo depois, porém, um incêndio levou os bombeiros a encontrar corpos carbonizados e acorrentados na mansão da família. Suspeita-se que os escravos tenham iniciado o fogo para escapar.
5) Segundo boatos, os escravos sofriam atrocidades quase impublicáveis, como remoção de genitais e extração de sangue para ser armazenado em garrafas. Moradores de Nova Orleans juravam que a tortura rolava nos porões da mansão.
6) Um boato famoso é sobre o chicoteamento de uma garota de 8 anos por puxar o cabelo da madame enquanto a penteava. A criança fugiu, mas, ao ser recapturada, teria sido assassinada e enterrada embaixo de uma árvore no quintal da mansão.
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7) A mansão está em pé até hoje – um dos recentes proprietários foi o ator Nicholas Cage. Antigos donos dizem que a casa é mal-assombrada, com hóspedes escutando gritos femininos em francês (língua que Delphine dominava) e vendo aparições de escravos arrastando correntes.
QUE FIM LEVOU?
O fim de LaLaurie é nebuloso. Uma versão bem aceita é a de que ela teria fugido de Nova Orleans – por causa das acusações de tortura – e morrido em Paris, em 1842.