Em média, nascem cerca de 105 homens para cada 100 mulheres. A explicação para esse desequilíbrio está na maior mobilidade dos espermatozóides que carregam o cromossomo Y, que define o sexo masculino. O curioso é que estudos científicos recentes revelaram que, numa ejaculação média, existem mais espermatozóides com o cromossomo X, que determina o nascimento de meninas, do que com o Y. Mas, como os espermatozóides “fêmeas” são mais lerdos, suas chances de fertilizar o óvulo são menores, abrindo caminho para o nascimento de mais homens. Esse descompasso inicial, no entanto, é amenizado ao longo da vida. “Existe maior mortalidade de homens em relação a mulheres desde o nascimento, principalmente entre os 18 e os 35 anos”, explica a demógrafa Cíntia Simões Agostinho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A conseqüência disso é que a média da população global é de 101 homens para 100 mulheres. E, em muitos países, inclusive no Brasil, há mais mulheres do que homens.