É extremamente raro que isso aconteça, a não ser quando a vítima é um animal de pequeno porte. Nesse caso, os espinhos – que chegam a ter mais de 30 centímetros de comprimento – podem perfurar um órgão vital e provocar a morte. Esses espinhos são, na verdade, pêlos modificados, extremamente duros, que crescem na cabeça, na nuca e nas costas. “Eles não possuem nenhuma substância tóxica, mas suas pontas têm farpas minúsculas que dificultam a extração. Se não forem tratadas, as lesões abertas possibilitam o aparecimento de infecções que também podem levar à morte de animais como leões e leopardos, e até de homens”, afirma a bióloga Cecília Pessuti, responsável pelo Setor de Mamíferos do Zoológico de Sorocaba, SP.
Mas é bom lembrar que estamos falando do porco-espinho da família Hystricidae, encontrado na África, na Ásia e na Europa. Na América do Sul, existem animais parecidos, que costumam ser confundidos com ele – os ouriços, da família Erethizontidae, e os ratos de espinho, da família Echynidae – menores, mais dóceis e com espinhos que não ultrapassam 7 centímetros.