Zonas erógenas são partes do corpo que podem funcionar como “gatilhos” para o prazer e a excitação sexual. Todas elas são extremamente ricas em terminações nervosas, que podem gerar uma quantidade de sensações variadas e intensas quando submetidas a um estímulo.
As zonas erógenas mais conhecidas, claro, estão na região genital e são comuns a quase todo mundo: no caso das mulheres, são o clitóris e o polêmico ponto G; nos homens, a glande (a cabeça do pênis) e o saco escrotal. Mas, na verdade, o grande integrador das emoções vividas, das fantasias e dos estímulos é o cérebro, que talvez seja o maior de todos os órgãos sexuais. É ele, em última instância, que consegue aumentar ou diminuir o prazer causado por um estímulo e definir as suas zonas erógenas.
Por isso, além das áreas genitais, cada pessoa tem outras partes do corpo que podem funcionar como verdadeiros “geradores” de excitação sexual. O cotovelo, o joelho, o pescoço, as orelhas, a nuca e os mamilos são alguns exemplos. Além de variar de uma pessoa para outra, as zonas erógenas também podem mudar ao longo da vida. Portanto, não vale a pena se tornar refém de um “mapa” com pontos predeterminados, o que limita sua capacidade de explorar o próprio corpo e, claro, o corpo de quem estiver ao seu lado na cama.
A definição dessa geografia do prazer e a descoberta de eventuais “mudanças de relevo” com o passar do tempo deve ser feita pelo casal numa instigante tarefa a quatro mãos. E mais o que a imaginação de vocês permitir…
* Jairo Bouer é médico psiquiatra e estudioso da sexualidade humana