1. Quando tomamos um susto, nossas reações são controladas por uma região do cérebro chamada sistema límbico, que regula nossas emoções e está relacionado à memória e ao aprendizado. Os reflexos que temos logo após a surpresa servem para que a gente enfrente ou fuja da ameaça
2. Para nos ajudar a reagir ao susto, o cérebro ordena às glândulas supra-renais (assim chamadas por estarem localizadas acima dos rins) que liberem adrenalina, hormônio que tem a função de preparar o organismo para o perigo, na corrente sanguínea
3. A descarga de adrenalina provoca uma série de efeitos. O primeiro deles é a aceleração dos batimentos do coração e a elevação da pressão arterial. O ritmo frenético aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos, deixando-os mais aptos para enfrentar a situação
TREME-TREME
A tremedeira que dá após o susto é resultado da contração dos músculos das pernas, que nos conferem equilíbrio. Os tremores são movimentos involuntários que ajudam a queimar energia e consumir o excesso de adrenalina
OLHO GRANDE
Ao mesmo tempo em que faz o peito disparar, a adrenalina causa a dilatação das pupilas, em ambientes com pouca ou muita iluminação. Com a pupila dilatada, mais luz entra nos olhos e o assustado consegue enxergar melhor
CARA PÁLIDA
Como o sangue é direcionado para os músculos e para os órgãos vitais, como coração e cérebro, outras áreas do corpo ficam com a irrigação sanguínea reduzida. É o que acontece com os vasos superficiais que levam o líquido para a pele do rosto – sem sangue, ela fica pálida
PÊLO SIM, PÊLO NÃO
A contração muscular também é responsável pelo arrepio dos pêlos, mas isso não tem função nenhuma no homem moderno. Essa reação é apenas uma herança de nossos ancestrais macacos, que pareciam maiores e mais assustadores quando ficavam com os pêlos arrepiados