Os 10 maiores detetives da ficção
Vasculhe nossa lista elementar com os principais deles
O fascínio despertado por solucionar mistérios – e por xeretar a vida dos outros – deu vida a inúmeros investigadores na literatura, no cinema e na TV. Vasculhe nossa lista elementar com os principais deles
10. Ed Mort
Ele fez curso de detetive por correspondência, subornou o carteiro para ser aprovado e divide o minúsculo escritório em Copacabana com 117 baratas e o rato albino Voltaire. Criado pelo escritor gaúcho Luís Fernando Veríssimo, Ed Mort estreou no conto A Armadilha, de 1979, mas logo migrou para outras mídias. O atrapalhado detetive já virou especial de fim de ano da TV Globo, chegou aos cinemas em 1997 – com Paulo Betti no papel-título – e foi adaptado para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Paiva. Em 2011, a Editora Objetiva reuniu 17 histórias protagonizadas pelo personagem na coletânea Ed Mort – Todas as Histórias. No mesmo ano, o canal por assinatura Multishow lançou um seriado com Fernando Caruso no papel de Ed Mort
9. Gil Grissom
Como o corpo de um mergulhador vai parar no alto de uma árvore após um incêndio? Eis um típico caso para Gilbert Arthur Grissom, o perito forense da polícia de Las Vegas, e sua equipe. Interpretado por William Petersen, Grissom �� um dos responsáveis pelo sucesso da franquia CSI: Crime Scene Investigation, série de TV criada em 2000. Em 2009, após 193 episódios, o ator resolveu largar o seriado para se dedicar ao teatro
8. Auguste Dupin
Em 1841, com a publicação de Os Assassinatos da Rua Morgue, o escritor Edgar Allan Poe criou o primeiro detetive da moderna literatura policial. Também é atribuída a Poe a criação do primeiro “sidekick” do gênero – o termo se refere àquele personagem que auxilia o protagonista em suas deduções mirabolantes. Quem auxilia Dupin é o seu melhor amigo, uma figura anônima, com quem ele divide um apartamento em Paris e que, nos romances, narra suas peripécias detetivescas.Outros clichês criados por Poe: o detetive explicando em detalhes como chegou ao culpado e a inclusão de pistas falsas para atrapalhar a investigação
7. Adrian Monk
Leite, cobra, altura, multidão e elevador são algumas das 312 fobias do detetive. Após a morte de sua esposa, Monk sofre um colapso nervoso, é afastado da polícia de São Francisco (EUA) e passa a atuar como consultor do capitão Leland Stottlemeyer (Ted Levine) em casos aparentemente insolúveis. Em oito temporadas de Monk, Tony Shalhoub ganhou um Globo de Ouro e três prêmios Emmy de melhor ator interpretando o protagonista do seriado
6. Fox Mulder & Dana Scully
A dupla de agentes especiais do FBI não tem nada em comum. Mulder é do tipo que acredita em tudo. Já Scully é o ceticismo em pessoa. Juntos, eles investigam casos obscuros de invasões alienígenas e fenômenos paranormais. Criada por Chris Carter em 1993, Arquivo X se tornou uma das séries mais cultuadas de todos os tempos – a ponto de seus fãs serem conhecidos como “eXcers”. A série durou nove temporadas e gerou dois longas-metragens: Arquivo X – O Filme, de 1998, e Arquivo X – Eu Quero Acreditar, de 2008, além de um revival
5. Dick Tracy
O mais durão dos detetives das histórias em quadrinhos foi criado pelo cartunista Chester Gould em 1931. Tracy entrou para a polícia após o assassinato do pai de sua noiva, Tess Trueheart, morto por bandidos. Em sua incansável luta contra o crime, antecipou modernos apetrechos eletrônicos, como o videofone. Com ele, conseguia se comunicar, à distância, com os colegas da polícia. Em 1990, foi interpretado pelo galã Warren Beatty no cinema
4. Miss Marple
Entre uma xícara e outra de chá, Jane Marple, uma velhinha solteirona que mora numa vila do interior da Inglaterra, tricota, cuida do jardim e desvenda mistérios. Desde Assassinato na Casa do Pastor (1931), protagonizou 12 romances e 20 contos da escritora Agatha Christie – o último livro, Um Crime Adormecido, foi escrito em 1940, mas publicado em 1976, após a morte da autora. Para o sobrinho Raymond West, que subestima a inteligência da tia, Miss Marple vive repetindo que “assassinatos são fáceis de serem resolvidos: é só saber procurar o culpado no lugar certo”
3. Inspetor Clouseau
Confuso, distraído e atrapalhado, o francês Jacques Clouseau é tudo o que não se espera de um detetive. Para piorar, ele ainda é adepto dos disfarces mais esdrúxulos, como bigodes enormes, perucas falsas e narizes postiços. As desventuras do Inspetor Clouseau no cinema tiveram início em 1963, com A Pantera Cor-de-Rosa, com direção de Blake Edwards e trilha sonora de Henri Mancini. Ao todo, Clouseau protagonizou oito filmes – cinco deles com o ator e comediante Peter Sellers no papel principal
2. Hercule Poirot
A inspiração de Agatha Christie para criar o investigador veio dos refugiados belgas que conheceu durante a 1ª Guerra Mundial. O primeiro dos 33 romances (e 54 contos) de Poirot, O Misterioso Caso de Styles, foi publicado em 1921. E o último, Cai o Pano, em 1975. No dia 6 de agosto daquele ano, o anúncio da morte de Poirot mereceu obituário na primeira página do jornal The New York Times. Em sua autobiografia, Agatha Christie explica que só matou Poirot porque não queria que ninguém mais escrevesse sobre ele depois que ela própria morresse
1. Sherlock Holmes
A inspiração para criar o famoso detetive surgiu na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Foi lá que, em 1876, o então estudante de Medicina Arthur Conan Doyle fez amizade com o professor Joseph Bell, capaz dos mais surpreendentes diagnósticos. Só de observar o paciente, já conseguia dizer, em poucos minutos, o que ele sentia, como vivia etc. “Muitos veem, mas poucos observam”, repetia a seus alunos. Doyle criou também o mais famoso “sidekick” da literatura policial: o Dr. John H. Watson. Em 2011, Holmes entrou para o Guinness Book como o personagem literário mais retratado no cinema: ao longo de 211 filmes, foi interpretado por 75 atores, como Christopher Lee, Roger Moore e Robert Downey Jr.
FONTES Almanaque dos Seriados, de Paulo Gustavo Pereira; Autobiografia, de Agatha Christie; Ed Mort – Todas as Histórias, de Luís Fernando Veríssimo; Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal, organizado por Flávio Moreira da Costa, e Sherlock Holmes – Edição Definitiva, de Arthur Conan Doyle