Depende! A princípio, ela fica literalmente desnorteada. Se a bússola estiver em uma nave espacial, por exemplo, será afetada pelo campo magnético gerado pelos fios da própria espaçonave. Afinal, uma bússola nada mais é que um detector desse tipo de campo. Caso o instrumento fique livre no espaço, longe de qualquer astro, não encontrará um campo magnético para onde apontar. É que, no vácuo próximo da Terra, o único elemento com alguma força magnética é o vento solar – o jato de partículas ejetado continuamente pelo Sol. Uma bússola convencional, porém, não notaria sua existência, já que ele produz um campo 5 000 vezes mais fraco que o do nosso planeta. Se ela se aproximar de algum corpo com campo magnético forte, como o próprio Sol, apontará para ele.
Já se ela estiver perto do astro, mas junto de uma das chamadas manchas solares (regiões escuras e pequenas, mas com um campo magnético fortíssimo), sua agulha será atraída por ela. Resumindo: o equipamento só serve como guia se estiver na Terra ou bem próximo dela. Nesse último caso, ele apontaria sempre para o Canadá – onde fica o Pólo Norte magnético, a centenas de quilômetros do Pólo Norte geográfico.