Por que algumas rolhas para vinho não são mais de cortiça?
É que, de dez anos para cá, pintou concorrência das rolhas feitas de plástico e alumínio. Nesse período, as rolhas moderninhas abocanharam 30% do mercado. Além de serem mais baratas – custam em média R$ 0,50, contra até R$ 5 das tradicionais -, as rolhas de plástico garantem mais vedação, barrando totalmente a entrada de […]
É que, de dez anos para cá, pintou concorrência das rolhas feitas de plástico e alumínio. Nesse período, as rolhas moderninhas abocanharam 30% do mercado. Além de serem mais baratas – custam em média R$ 0,50, contra até R$ 5 das tradicionais -, as rolhas de plástico garantem mais vedação, barrando totalmente a entrada de ar na garrafa. Isso funciona muito bem para vinhos brancos, porém não seria, em tese, ideal para vinhos tintos, que precisam de um leve “respiro” proporcionado pelas rolhas de cortiça. Por outro lado, a rolha tradicional tem lá seus inconvenientes: obriga o armazenamento das garrafas na horizontal e pode alterar o gosto da bebida por causa de fungos. O principal argumento de quem prefere a cortiça é a tradição: as rolhas desse material existem desde o ano 3000 a.C., pelo menos. Além disso, muitos consumidores de vinho curtem colecionar rolhas de cortiça com o emblema do produtor gravado. Para os entusiastas do plástico, pesa a praticidade – dá para abrir o vinho desrosqueando – e o desapego às tradições.