Por que pessoas tatuadas não podem doar sangue?
Na verdade, essa proibição só vale nos 12 meses logo após a colocação da tatuagem. Trata-se de uma precaução para evitar o risco de contaminação do sangue doado por doenças como aids e hepatite, que podem ser transmitidas pela agulha do tatuador caso as condições de assepsia não sejam respeitadas. Doze meses é o tempo […]
Na verdade, essa proibição só vale nos 12 meses logo após a colocação da tatuagem. Trata-se de uma precaução para evitar o risco de contaminação do sangue doado por doenças como aids e hepatite, que podem ser transmitidas pela agulha do tatuador caso as condições de assepsia não sejam respeitadas. Doze meses é o tempo considerado seguro para que a pessoa desenvolva os anticorpos que são detectados no exame da aids, realizado após cada doação. Para diminuir os riscos de contaminação, é feita ainda uma entrevista para identificar se a pessoa faz parte de outros grupos de risco. Comportamento sexual promíscuo, uso de drogas ou viagens para países com epidemias são exemplos que podem excluir um voluntário da doação. Mas isso é raro: cerca de 80% das pessoas são aprovadas na entrevista. Feita a doação, o material segue para um laboratório, onde são realizados exames para detectar doenças como chagas, hepatite, sífilis e HIV. No Brasil, são feitas cerca de 3 milhões de doações por ano.
“A quantidade é insuficiente, deixando a vida de milhares de pessoas em risco. Qualquer pessoa entre 18 e 65 anos de idade, com no mínimo 50 quilos, pode doar”, diz a hematologista Aline Monteiro, da Fundação Pró-Sangue, em São Paulo, centro de coleta de sangue ligado à Secretaria Estadual de Saúde.