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Quais foram os duelos mais sangrentos da Libertadores?

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h15 - Publicado em 18 abr 2011, 18h48
futebol-violento

Em todo o mundo, nenhum outro campeonato tem tantas histórias de sangue, suor e lágrimas quanto a Libertadores. Para selecionar as grandes batalhas dos 45 anos do torneio, Mundo Estranho escalou seis jornalistas esportivos: Sérgio Xavier, Celso Unzelte e Rodolfo Rodrigues, todos da revista Placar; Juca Kfouri, comentarista da rádio CBN; Rodrigo Bueno, repórter da Folha de S. Paulo; e Elias Perugino, da revista argentina El Gráfico.

O resultado foram sete confrontos onde a bola foi deixada de lado. A má reputação da Libertadores vem de cedo. Em 1966, quando o torneio completava apenas seu sexto aniversário, os times brasileiros recusaram-se a jogar. Alegavam que os vizinhos argentinos, uruguaios e paraguaios abusavam da violência. Mas os brasileiros não podem posar de mocinhos. Tanto que, numa das finais entre Santos e Peñarol, em 1962, a torcida alvinegra metralhou o time uruguaio com uma tempestade de garrafas. Mas isso é fichinha perto de outras partidas históricas, que tiveram 19 jogadores expulsos, invasão de gramado, briga campal… Tamanha ignorância ajudou a afugentar os times campeões da Europa, que a partir de 1981 preferiram que a final do Mundial Interclubes fosse disputada em campo neutro, no Japão – antes, a decisão era em duas ou três partidas, e a América do Sul sediava pelo menos um jogo.

E por que os sul-americanos são tão estourados? “Arrisco dizer que tem a ver com o ‘sangue quente’ latino, é uma tradição cultural. Além disso, a falta de segurança, a má estrutura dos estádios e os gramados ruins contribuem para a pancadaria”, afirma o jornalista Juca Kfouri. O torneio começou a ficar menos carniceiro com o exame antidoping e a transmissão dos principais jogos pela TV. “Hoje, os jogadores têm mais testemunhas para as barbaridades que cometem e estão sujeitos a punições mais severas”, diz Juca.

– Quem são os Libertadores da América?

– Por que o Campeonato Brasileiro só começou a ser disputado em 1971?

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Futeboxe Torneio teve partida com 19 jogadores expulsos depois de uma briga

SANTOS (BRA) 2 X 3 PEÑAROL (URU)

LOCAL – Santos (Brasil)

ANO – 1962

O tempo fechou no começo do segundo tempo: depois de uma treta em campo, a torcida santista atacou o Peñarol com garrafadas, você vê um uruguaio carregando um casco de cerva. O juiz encerrou o jogo aos 6 minutos, mas, temendo um linchamento, fingiu continuar a partida. Pepe chegou a empatar para o Santos, mas a Confederação Sul-Americana de Futebol anulou o resto do segundo tempo e deu a vitória ao Peñarol

BOCA JUNIORS (ARG) 2 X 2 SPORTING CRISTAL (PER)

LOCAL – Buenos Aires (Argentina)

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ANO – 1971

Era para ser um jogo tranqüilo da primeira fase, mas virou um tremendo quebra-pau: a quatro minutos do fim, estourou uma confusão entre todos os jogadores, incluindo bancos de reservas, técnicos e massagistas. A polícia interveio e o juizão não alisou: mandou para o chuveiro nada menos que 19 jogadores — só sobraram Sánchez e Meléndez, do Boca, e Rubiños, do Cristal. O juiz encerrou a partida e os brigões passaram a noite na delegacia

FLAMENGO (BRA) 2 X 0 COBRELOA (CHI)

LOCAL Montevidéu (Uruguai)

ANO – 1981

Mengão e Cobreloa disputaram o título de 1981 em três partidas cruéis. Nas duas primeiras, o zagueiro Mario Soto, do time chileno, deu uma pedrada no meia Adílio e fez sangrar o ponta-esquerda Lico. No terceiro e decisivo jogo, a vingança: a quatro minutos do final, Carpegiani, o técnico rubro-negro, põe em campo o atacante Anselmo só para esmurrar Soto. Obediente, Anselmo soltou a mão — e foi expulso feliz da vida, comemorando a vitória

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GRÊMIO (BRA) 3 X 3 ESTUDIANTES (ARG)

LOCAL – La Plata (Argentina)

ANO – 1983

O tricolor gaúcho foi à Argentina sonhando em chegar à final. Nossos hermanos já estavam descendo a ripa desde o início, mas a batalha piorou quando o ponta Renato resolveu xingar o banco adversário. Ameaçando derrubar o alambrado, a torcida destruiu o banco gremista com pedras e até cadeiras, enquanto a polícia só assistia. Em campo, quatro argentinos foram expulsos e o Grêmio segurou o empate, calando 30 mil torcedores

COLO COLO (CHI) 3 X 1 BOCA JUNIORS (ARG)

LOCAL – Santiago (Chile)

ANO – 1991

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Para intimidar os argentinos, o Colo Colo conseguiu infiltrar no campo torcedores disfarçados de fotógrafos e cameramen. Depois do terceiro gol chileno, a torcida camuflada invadiu e a pancadaria rolou solta. Metade do time argentino precisou tomar pontos no vestiário e o goleiro Navarro Montoya foi mordido por um cão da polícia. Pouco depois, o totó morreu — e ganhou uma lápide póstuma, numa homenagem dos torcedores chilenos…

GRÊMIO (BRA) 5 X 0 PALMEIRAS (BRA)

LOCAL – Porto Alegre (Brasil)

ANO – 1995

Esse é um clássico da pancadaria nacional. Aos 12 minutos, o palmeirense Rivaldo levou o primeiro vermelho da partida. Pouco depois, o meia Válber respondeu com um soco à cabeçada do gremista Dinho. Expulsos, os dois saíram na mão fora do campo. No meio da briga, o goleiro tricolor Danrlei agrediu pelas costas o alviverde Válber. O empurra-empurra se generalizou e a confusão só acabou com a entrada da polícia

SÃO CAETANO (BRA) 1 X 1 AMÉRICA (MEX)

LOCAL – Cidade do México (México)

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ANO – 2004

A briga campal começou no fim da partida. Enquanto os jogadores do São Caetano comemoravam o resultado que levava o time às quartas-de-final, um gandula esquentado agrediu o goleiro Silvio Luiz, que revidou. O tempo fechou depois que a torcida invadiu o campo duas vezes seguidas. Para evitar um massacre, os boleiros do Azulão fugiram para os vestiários. A batalha terminou com sete torcedores presos e dez feridos

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