Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Quais foram os maiores desastres tecnológicos da história?

Errar é humano. E, como não existe nada mais humano que construir grandiosidades tecnológicas, não faltam catástrofes à altura delas. Trens colidem, represas estouram, telefones ficam mudos, luzes apagam, aviões e ônibus espaciais explodem. No quadro desta reportagem, selecionamos seis catástrofes em que alguma coisa nas invenções humanas saiu errado. E quanto mais admirável for […]

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 22 fev 2024, 11h10 - Publicado em 18 abr 2011, 18h50

Errar é humano. E, como não existe nada mais humano que construir grandiosidades tecnológicas, não faltam catástrofes à altura delas. Trens colidem, represas estouram, telefones ficam mudos, luzes apagam, aviões e ônibus espaciais explodem. No quadro desta reportagem, selecionamos seis catástrofes em que alguma coisa nas invenções humanas saiu errado. E quanto mais admirável for a criação, maior pode ser o tombo. Veja o caso das usinas nucleares, que fornecem energia elétrica para milhões de pessoas usando meras bolinhas de urânio como combustível. Um primor. Mas o desastre mais aterrorizante de todos os tempos veio justamente de uma dessas “jóias”, a usina ucraniana de Chernobyl. Em 25 de abril de 1986, um reator mal projetado explodiu, matando 31 pessoas. O problema é que a explosão soltou no ar uma quantidade de elementos radioativos igual à de 200 bombas de Hiroshima. Não poderia haver risco mais grave. A radiação, afinal, altera o DNA, causando mutações genéticas que podem matar rapidamente ou levar a um câncer. Para evitar a contaminação, 116 mil pessoas que viviam em regiões a até 30 quilômetros da usina tiveram que abandonar suas casas para sempre. Mas não foi o bastante. Uma área de centenas de quilômetros acabou de alguma forma afetada pela radiação. “Depois do acidente, surgiram 2 mil casos de câncer a mais que o normal na região”, diz o físico Ted Lazo, da Agência de Energia Nuclear, um órgão que regula a construção de usinas pelo mundo. No fim das contas, dificilmente saberemos quantas mortes foram, ou ainda vão ser, conseqüência da radiação de Chernobyl.

Falhas fatais
Continua após a publicidade

Catástrofes de grandes invenções quase sempre envolvem algum erro humano

TRANSPORTE TERRESTRE

Descarrilamento na Alemanha

As linhas de trem-bala européias completavam 34 anos sem acidentes fatais quando a morte deu as caras em um megaacidente perto da cidade de Eschede, na Alemanha. Em 3 de junho de 1998, um trilho rachado tirou alguns vagões da linha, mas sem derrubá-los. Quando o trem ia freando sem maiores problemas, um vagão desalinhado bateu inesperadamente no poste de sustentação de uma ponte que passava por cima dos trilhos. Foi o suficiente para que os vagões capotassem, matando 101 pessoas.

ENGENHARIA CIVIL

Rompimento de represa americana

Uma onda com algo entre 20 e 40 metros de altura, dependendo do relato, varreu o extremo oeste dos Estados Unidos em 12 de março de 1928. Mais de 500 pessoas morreram com a superonda, resultado da quebra de uma represa com 55 metros de altura e 183 metros de largura encravada no San Francisquito Canyon, a 72 quilômetros de Los Angeles. Suas paredes eram finas demais para agüentar a pressão da água. Os engenheiros só notaram o erro depois que o estrago estava feito.

TELECOMUNICAÇÕES

Pane telefônica nos Estados Unidos

As linhas de telefone agüentam trovão, chuva e terremoto sem dar pau. Mas sofrem com uma praga: programadores incompetentes. E ela atacou em 15 de janeiro de 1990, quando uma central americana que direciona ligações entrou em pane. Não seria nada, não fosse uma falha de programação que fez essa central “avisar” outras 113 que elas também estavam quebradas – quando não estavam. Resultado: a maior parte dos Estados Unidos ficou sem chamadas de longa distância por nove horas.

Continua após a publicidade

TRANSPORTE AÉREO

Queda do Concorde em Paris

Aviões caem. Mas até 25 de julho de 2000 ninguém esperava que isso fosse acontecer com um supersônico Concorde, o maior símbolo da aviação comercial. Bastou estourar um pneu de um dos trens de pouso para que o tanque de um Concorde da Air France se rompesse durante a decolagem em Paris, ateando fogo na aeronave. Os 109 ocupantes morreram. Já a queda com mais vítimas aconteceu com um Boeing 747 da Japan Airlines, que entrou em pane perto de Yokohama, em 1985. Foram 520 mortes.

EXPLORAÇÃO ESPACIAL

Explosão da Challenger e da Columbia

Os ônibus espaciais eram o que havia de mais seguro na engenharia aeroespacial. Com as naves Columbia, Challenger, Atlantis e Discovery, levar homens ao espaço virou uma rotina sossegada a partir de 1981. Até que, em 28 de janeiro de 1986, um defeito nos tanques da Challenger enterrou o sonho: vazou combustível no lançamento e a nave explodiu. Seus sete tripulantes morreram. No ano passado foi a vez da Columbia, incinerada quando reentrava na atmosfera, também com sete pessoas.

ENERGIA ELÉTRICA

Apagão em Nova York

Multidões tomam as ruas. Milhares caem de cansaço nas sarjetas. Bandos de saqueadores atacam lojas. Briga, tumulto, guerra? Não: é o que acontece quando uma metrópole sofre um blecaute. A rede que alimenta Nova York, por exemplo, já deixou a cidade sem energia por três vezes, em 1965, 1977 e 2003. No apagão de 1965 (na foto), cerca de 800 mil pessoas ficaram presas nos túneis do metrô. Por aqui, o pior blecaute foi em 17 de setembro de 1985. Uma sobrecarga deixou metade do Brasil sem luz por três horas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.