É o de São Paulo, que no horário de pico, entre 17 e 20h, leva nada menos que 785 mil pessoas. São 8,6 passageiros espremidos por metro quadrado de seus vagões – os especialistas apontam que o limite suportável é de seis pessoas. Com 61,3 quilômetros de extensão, todo ano o metrô paulistano transporta cerca de 10 milhões de pessoas por quilômetro de linha. Essa proporção entre o número de passageiros por trilhos é o principal parâmetro usado pela Comunidade de Metrôs (CoMet), entidade que reúne os grandes sistemas metroviários do mundo, para medir o nível de lotação desse meio de transporte. Por esse critério, o pódio da superlotação é completado pelo metrô de Moscou, com 8,6 milhões de pessoas por quilômetro de linha, e o de Xangai, na China, com 7 milhões de passageiros por quilômetro de trilhos. Além do incômodo espreme-espreme, o amontoado de gente nas estações do metrô paulistano aumenta em até quatro minutos o tempo médio de viagem. Um dos motivos para a superlotação do sistema é a lentidão de sua expansão. Desde que começou a ser construído, em 1974, o metrô de São Paulo tem ganho, em média, apenas 1,5 quilômetro de trilhos por ano. Com as obras de expansão em andamento hoje, ele deve alcançar 80,5 quilômetros em 2010 – número ainda bastante inferior aos 479 quilômetros do metrô de Nova York, o mais extenso do planeta. :-/