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Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas era?

Conheça os instrumentos de medição do tempo que surgiram antes do relógio mecânico, e que ajudaram a ajustá-lo

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h42 - Publicado em 27 Maio 2013, 16h26
Relógio
(Ligia Duque/Mundo Estranho)

PERGUNTA Raine Castro, Boa Vista, PR

 

O relógio de sol, primeira tecnologia da humanidade para marcar as horas, surgiu por volta de 2000 a.C. e era calibrado no nascer e no pôr do sol. Funcionava assim: erguia-se um obelisco, marcava-se no chão a posição da primeira sombra do dia e a última antes de anoitecer. Depois, dividia-se esse arco entre as marcas em 12 intervalos equidistantes: cada um era uma hora do dia. À noite, “perdia-se a hora”.

Com o tempo outras tecnologias foram sendo criadas para tentar medir o tempo de maneira mais precisa. Ou seja, muito antes do relógio mecânico, “inventado” na Idade Média, já havia maneiras de saber a hora. Cada mecanismo definiu o ajuste do mecanismo seguinte, até chegarmos a época atual. Confira cinco grandes momentos dessa história:

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1) Água na bacia
ÉPOCA
 Século 16 a.C.

Invenção egípcia, os relógios de água eram conjuntos de bacias furadas montados sob um fluxo de água. Para calibrar, acionava-se o fluxo de água à primeira luz do dia e, a partir daí, usava-se um relógio de sol para criar as marcas de horário no interior das bacias. Funcionava noite e dia.

 

2) Tique-Taque hipnótico
ÉPOCA
 Século 14

Na Europa, a Igreja estimulou monges e artesãos a criar um relógio a pêndulo. Os primeiros já marcavam minutos e eram calibrados com base nos relógios de água. Mas atrasavam 15 minutos por dia, então eram reajustados pelo nascer do sol de todos os sábados.

 

 

3) Relógio pessoal
ÉPOCA
 Século 16

Os primeiros relógios portáteis só tinham ponteiro de horas e funcionavam a corda, dada por meio de uma chave. Para calibrá-los, os relojoeiros usavam grandes relógios de pêndulo. O mecanismo de corda imperou até o século 20.

 

4) Revolução cristalina
ÉPOCA
 1928

O canadense Warren Marrison descobre que cristais de quartzo excitados por eletricidade vibram com mais regularidade do que mecanismos de corda. Bastou sincronizar o protótipo com relógios de corda e pronto: os de quartzo só atrasam 1 segundo a cada 30 anos.

 

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5) Precisão atômica
ÉPOCA
 1948

Pesquisadores perceberam que a frequência emitida por elétrons de átomos de Césio 133 era mais regular do que a frequência do quartzo – atrasa um segundo a cada 30 milhões de anos. Surgiam os relógios atômicos, que hoje são usados para calibrar todos os outros.

 

CONSULTORIA William J. H. Andrewes, especialista em história dos relógios

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FONTES Livro Time’s Pendulum: From Sundials to Atomic Clocks, de Ellen Barnett, e The History of Clocks & Watches, de Eric Bruton

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