A definição do sábado e do domingo como dias de descanso semanal remunerado é uma conquista recente dos trabalhadores. “Foi resultado da luta operária surgida na Inglaterra depois da Revolução Industrial, no início do século 19″, afirma a historiadora Zilda Gricoli Iokoi, da Universidade de São Paulo (USP). Antes disso, os trabalhadores até podiam tirar uma folguinha por motivos religiosos, mas não recebiam salários relativos aos dias parados. Mas por que justamente o sábado e o domingo foram escolhidos para o repouso semanal? Aí é preciso buscar a explicação mais no passado. Na Antiguidade, os romanos e os adeptos de religiões pagãs dedicavam o sábado ao deus Saturno, que regia a agricultura. Esse dia era reservado para o descanso, numa forma de agradecimento ao deus por uma boa colheita. Em outras religiões, como no judaísmo, o sábado também já era consagrado como um dia de repouso semanal. Já o domingo ganhou esse “status” um pouco mais tarde. Só na era cristã é que passou a ser considerado sagrado, porque Jesus ressuscitou dos mortos neste dia. Por conta disso, os cristãos consagraram o domingo ao Senhor e, para que os fiéis pudessem ir tranqüilamente aos cultos, era natural que fosse um dia sem trabalho.