Retrato Falado: H. H. Holmes, o dono do castelo da morte
H. H. Holmes (1861-1896) construiu um prédio de 100 quartos com armadilhas para emboscar os hóspedes, matá-los e vender os corpos
H. H. Holmes (1861-1896) construiu um prédio de 100 quartos com armadilhas para emboscar os hóspedes, matá-los e vender os corpos
1. Nascido em Gilmaton, EUA, Herman Mudgett era o melhor aluno da sala e, por isso, sofria bullying. Quando os colegas descobriram que tinha medo do médico da cidade, obrigaram-no a invadir o laboratório do doutor e ficar a frente com um esqueleto. Seu fascínio pela morte nasceu ali
2. Quando iniciou o curso de medicina, em 1882, começou a roubar cadáveres dos cemitérios para vender ilegalmente para sua faculdade. Além disso, desfigurava os corpos para alegar morte acidental.Assim, ele lucrava com a venda das peças e com o seguro de vida de suas vítimas
3. Após se formar, Mudgett passou os anos seguintes trocando de cidades, empregos e esposas e aplicando golpes que envolviam falsificação de máquinas, fraudes imobiliárias e até promessas de cura. Nesse período, para não ser associado aos crimes anteriores, mudou seu nome para a alcunha famosa de dr. Henry Howard Holmes
4. Holmes se instalou em Chicago em 1886 e começou a trabalhar em uma farmácia. Pouco tempo depois, a dona do estabelecimento, Elizabeth S. Holton, ficou viúva. Holmes convenceu-a a vender seu próprio negócio e, logo após a transação, ela sumiu e nunca mais foi vista. Acredita-se que tenha sido a primeira vítima fatal
– Retrato Falado: Os assassinos do pântano
5. A seguir, Holmes se dedicou à construção de seu projeto mais ambicioso, o Castelo. Era um prédio gigantesco de três andares que continha lojas, a antiga farmácia, seu escritório e mais de 100 quartos para hóspedes. As pessoas envolvidas na construção foram trocadas o tempo todo, de modo que só Holmes conhecia a planta inteira
6. Os cômodos eram equipados com armadilhas fatais. Um deles tinha jatos de gás venenoso e outro era um cofre selado em que a pessoa morria de asfixia. Havia passagens secretas e alçapões para levar os corpos até o porão, onde Holmes esfolava, dissecava e queimava os cadáveres. Alguns eram vendidos para a mesma faculdade onde estudou
Curiosidade:No porão, havia uma fornalha com jatos combinados de óleo e vapor. Holmes disse ter matado pelo menos uma pessoa ali, queimada
7. Holmes torturava as vítimas (trancando-as sem comida nas salas) e obrigava-as a assinar documentos cedendo suas posses a ele. A maioria eram mulheres que procuraram trabalho no Castelo. Durante uma exposição em 1893, o prédio abrigou dezenas de hóspedes, que foram pouco a pouco exterminados
8. Holmes acabou preso por fraude ao tentar vender um cavalo que não possuía. Na prisão, conheceu Marion Hedgepeth, para quem confidenciou um plano de forjar a própria morte e coletar o seguro. Hedgepeth deu uma dica de um advogado que podia ajudar no golpe. Posteriormente, como Holmes não lhe pagou pela ajuda, Hedgepeth informou a polícia sobre o plano
– Retrato Falado: Andrew Cunanan
9. Após ser solto, Holmes tocou o plano, mas com uma alteração: quem forjaria a própria morte seria o empreiteiro Benjamin Pietzel, um de seus comparsas. Os dois dividiriam a grana, mas Holmes aproveitou a chance e matou o colega de fato, além de três dos cinco filhos dele. Depois, sempre nômade, fugiu com o dinheiro
10. Com a denúncia de Hedgepeth,Holmes entrou na mira dos policiais, que entraram no Castelo e descobriram as salas. Após investigações, ele confessou 27 assassinatos – dentre eles, o de Benjamin, crucial para sua condenação – e seis tentativas. Porém ele mesmo disse que o número poderia ser bem maior. As estimativas chegam a 200 possíveis vítimas
QUE FIM LEVOU?Foi condenado ao enforcamento em 7 de maio de 1896. Seu único pedido foi ser enterrado profundamente, pois temia que seu corpo fosse roubado
FONTES Sites Biography.com, History.com, Murderpedia.org, A Predatory Mind, Today I Found Out e Neatorama