Segredos da CIA: a agência quase transformou bichos em agentes
Espiã gata morreu em missão
Ilustra Daniel Rosini
Edição Felipe van Deursen
ZERO ZERO ZOO
Até animais foram transformados em espiões da CIA
Onde – EUA
Objetivo – Criar bichos espiões
Status – Desconhecido
Leia a série “Os segredos mais sujos da CIA”:
– A caçada a Osama bin Laden
– Os planos para invadir todos os celulares do mundo
– O túnel para enganar os soviéticos em Berlim
– O projeto sinistro para criar agentes zumbis
– Como a CIA arquitetou o golpe militar no Chile
– A influência da CIA na política brasileira
– Os animais que quase viraram espiões
1. BICHANO ACÚSTICO
Nos anos 60, a CIA gastou US$ 20 milhões em aparelhos de escuta e no treinamento de gatos, para transformá-los em máquinas de espionagem. Aproximando-se dos alvos sem levantar suspeita, os felinos gravariam conversas de diplomatas, militares ou agentes soviéticos
2. FUÉÉN
Após cinco anos, uma gatinha foi considerada apta para a missão. Ela deveria bisbilhotar espiões em um parque de Washington, EUA. Só que não rolou. Uma van largou a felina no local, mas ela foi atropelada por um táxi ao cruzar a rua. Com o fiasco, o projeto foi arquivado
PAPARAZZO DE ASAS
A CIA também tentou usar pombos para reconhecimento aéreo. Eles levariam uma minicâmera presa ao peito, que clicaria alvos predefinidos. As imagens seriam mais detalhadas do que as que outras plataformas aéreas faziam, já que a ave voa mais baixo. Não se sabe se o projeto deu certo, pois seus arquivos ainda são confidenciais
ESCAMOSO
Nos anos 90, o Escritório de Tecnologias Avançadas da CIA criou um bagre-robô, dotado de propulsão na cauda, um casco resistente a elevadas pressões e equipamento de rádio que permitia ser controlado remotamente. Especialistas acreditam que ele foi programado para coletar amostras de água perto de usinas nucleares suspeitas
FONTES Livro Legado de Cinzas, de Tim Weiner; BBC, CIA, Estadão, O Globo, The Guardian, The Independent, National Geographic, El País, Scientific American, Telegraph, Terra, UFMG, Último Segundo, UOL e Zero Hora