Toda privada – vamos falar bonito, todo vaso sanitário – depende de dois componentes básicos para enxaguar as nossas carimbadas na porcelana. O primeiro é o sifão – um tubo curvado que controla o nível de água do vaso, impedindo que ele seque ou transborde. O segundo é a descarga de água, que desce com muita força e faz toda a sujeira literalmente entrar pelo cano. No Brasil, uma descarga usa em média 6,8 litros de água. Muito? “Nem sempre o gasto menor de água por ação significa maior economia. Com 4 litros de água, por exemplo, a energia criada é menor, o que pode obrigar o usuário a dar a descarga novamente. Aí, seriam 8 litros em uma única utilização”, afirma o engenheiro Orestes Marracini Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP). 🙂
1. O primeiro componente essencial ao funcionamento de uma privada é o sifão. Esse tubo curvado faz com que o nível de água no vaso fique sempre constante. Se você fizer xixi, por exemplo, a água sobe até a curva do tubo e depois já escorre para o esgoto
2. Hora do aperto: alguém apertou a descarga. O botão aciona um sistema de alavancas que puxa um tampão no fundo da caixa dágua da privada. Com o buraco aberto na base da caixa dágua, a água escorre em direção ao vaso com toda a velocidade
3. A água liberada pela descarga percorre um cano circular, construído na própria cerâmica do vaso sanitário. Esse cano é todo furadinho, o que faz com que a água seja despejada igualmente por toda a volta do vaso para limpar as paredes internas da porcelana
4. A força da descarga cria um redemoinho na água da privada, fazendo com que toda a sujeira seja varrida do vaso e procure um lugar para onde escoar. A única saída para os 6,8 litros de água e escrementos é seguir em direção ao sifão
5. A energia do jato de água faz com que a água da descarga flua rapidamente pelo sifão, levando os detritos embora. Depois, a água volta a ficar na mesma altura no sifão e no vaso, mantendo o nível da água constante e impedindo que o cheiro do esgoto invada o banheiro
6. Depois da descarga, é hora de encher de novo. Com o tampão já de volta ao fundo da caixa-dágua, a água começa a preencher o recipiente até que uma alavanca presa a uma bóia trave a entrada de água, interrompendo o enchimento quando ela estiver cheia