Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Teoria da conspiração: o flúor na água é usado para controlar mentes?

A política de saúde pública seria, na verdade, uma experiência de dominação das massas

Por Felipe van Deursen Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 mar 2023, 15h07 - Publicado em 24 ago 2018, 12h11

ILUSTRA Wendell Araújo
EDIÇÃO Felipe van Deursen

 

(Wendell Araujo/Mundo Estranho)

RECOMENDADA PELOS DENTISTAS?
Em 1939, H.V. Churchill, químico chefe da Aluminium Company of America (Alcoa), teria feito um estudo em ratos que mostrou que a água com flúor diminui a incidência de cáries. Como o fluoreto (forma ionizada do flúor, ou seja, que pode compor outros compostos químicos) é um subproduto do alumínio, a empresa estaria interessada em dar um destino à água que usa, carregada de flúor

 

MASSA DE MANOBRA
O governo teria visto aí a oportunidade de criar uma campanha de higiene à base de flúor. Isso seria um projeto de manipulação mental: no corpo, doses de flúor em pequenas quantidades lesariam o sistema nervoso, tornando as pessoas submissas. Outra versão da teoria diz que o governo criou a campanha para proteger as empresas poluidoras, agora transformadas em amigas da saúde pública

ESFORÇO DE GUERRA
Com o início da 2ª Guerra Mundial, a produção de alumínio aumentou exponencialmente para suprir a fabricação de aviões e outros equipamentos. Logo, o governo teria mais margem para aumentar em igual medida seu programa de controle mental. Outras grandes corporações, como a Procter & Gamble, fabricante do Crest, primeiro creme dental fluoretado, também teriam entrado na “máfia do flúor”

Continua após a publicidade

TRAMA GLOBAL
Mas o uso da substância para domesticar o povo não seria exclusividade dos EUA. No Holocausto, Hitler teria abastecido campos de concentração com água fluoretada para tornar as mulheres estéreis e os prisioneiros dóceis. A substância também teria sido bombeada nos gulags soviéticos e pelo governo de Margaret Thatcher, no Reino Unido dos anos 1980, para conter os revoltosos da Irlanda do Norte. Por fim, o flúor seria usado em sistemas de controle populacional, como na China

 

CÉREBRO CIMENTADO
O maior problema do flúor na água seria o bloqueio da glândula pineal. Responsável por secretar a melatonina e regular o ritmo biológico do organismo, a glândula, localizada na região central do cérebro, funcionaria como um ímã para o fluoreto, que calcificaria a glândula. Segundo correntes espiritualistas, a pineal também funciona como um portal de comunicação espiritual, bloqueado pelo flúor

Continua após a publicidade

 

BOMBA DE FLÚOR
O flúor teve papel essencial no desenvolvimento da bomba atômica: o hexafluoreto de urânio servia para separar isótopos de urânio. Nos anos 1990, documentos secretos vieram a público e teriam revelado que cientistas do Projeto Manhattan, que criou a bomba, teriam feito estudos que concluíram que o flúor causa sérios danos no organismo

(Wendell Araujo/Mundo Estranho)

AOS BOIS
Em 2004, o documentário A Farsa do Flúor, baseado em um livro homônimo, revelou os nomes dos cientistas pagos pela indústria do flúor. O filme também mostra pesquisadores que tiveram a carreira destruída por comprovar danos da substância à saúde. É o caso de Phyllis Mullenix, toxicologista da Universidade Harvard (EUA)

(Wendell Araujo/Mundo Estranho)

DETOX DE FLÚOR
Para eliminar os efeitos nocivos, seria necessário eliminar da dieta produtos como passas e vinho branco, que contêm flúor. Além disso, carnes estariam infectadas por meio da água consumida pelos animais, assim como vegetais, pois o flúor é usado em diversos pesticidas. Para a água, há alternativas como a Raw Water (basicamente água não tratada) e água com folhas de manjericão-santo, que eliminaria o flúor. Há ainda receitas de pasta de dente natural, com óleo de coco ou argila

Continua após a publicidade

POR OUTRO LADO

Flúor pode fazer mal. Mas daí a ser uma máquina de dominação são outros 500

  • Na década de 1930, a partir do trabalho do dentista Frederick McKay, o químico-chefe da Alcoa, H.V. Churchill, comprovou que altos níveis de flúor na água manchavam os dentes, mas os deixavam resistentes à cárie
  • O Instituto Nacional de Saúde dos EUA tentou determinar a quantidade suficiente para proteger das cáries sem desencadear as manchas. Em 1945, ele iniciou o projeto de fluoretação da água
  • Desde 1984, a Organização Mundial da Saúde mantém o limite de 1,5 mg F/l (flúor por litro) como seguro para água potável. Na maioria das cidades brasileiras, o teor varia de 0,6 a 0,8 mg F/l
  • A água (do mar ou de lençóis freáticos) tem flúor naturalmente. O que a fluoretação faz é otimizar esses níveis para produzir o benefício anticárie sem lesar a saúde
  • Phyllis Mullenix de fato teve a carreira abalada por revelar malefícios do flúor
  • Cientistas da Universidade IIS, em Jaipur, Índia, comprovaram que manjericão-santo é eficaz para reduzir quase completamente a quantidade de flúor na água
  • Na década de 1990, a britânica Jennifer Luke descobriu que o flúor se acumula em níveis notadamente altos na glândula pineal, uma vez que a glândula tem um tecido altamente passível de sofrer calcificação. Mas não há evidências de que ele sirva para controlar mentes
  • Nada comprova que flúor foi usado por nazistas, soviéticos, chineses ou ingleses contra as pessoas

 

CONSULTORIA Tatiana Neves, doutoranda em química pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
FONTES Livros The Third Eye, de Richard Marshall, The Truth About Water Fluoridation, de Charles Eliot Perkins, e A Farsa do Flúor, de Christopher Bryson

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.