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Um lago gigante apareceu no meio do deserto do Vale da Morte, nos EUA

O fenômeno aconteceu após um curto período de chuvas na região, considerada um dos lugares mais quentes (e secos) do mundo

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 22 fev 2024, 10h04 - Publicado em 18 mar 2019, 17h47

O Vale da Morte, nos Estados Unidos, é um lugar para poucos. Localizado no leste do estado da Califórnia, quem passa por lá precisa estar preparado, pois o deserto é um dos lugares mais quentes e secos do mundo. Para se ter uma ideia, é ele quem detém o recorde de maior temperatura já registrada: 56,7oC, em julho de 1913.

Com todo esse calor, lugares com abundância de água não são exatamente o que os turistas imaginam encontrar na região, mas foi exatamente o que aconteceu no dia 7 de março, quando o fotógrafo Elliot McGucken descobriu que um lago havia se formado por lá:

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O lago se formou após um intenso período de chuvas no Vale da Morte, durante os dias 5 e 6 de março. “Intenso” é uma palavra relativa: a precipitação foi de 2,2 centímetros, quase o triplo da média para o mês. É pouco, mas se levarmos em conta que chove apenas 6 centímetros por lá anualmente, é praticamente uma tempestade.

A história da descoberta é curiosa. Elliot soube das chuvas e foi atrás de um possível acúmulo de água para fotografar. Seu destino era a Bacia de Badwater, o ponto de menor altitude da América do Norte (são 86 metros abaixo do nível do mar) e um dos únicos pontos do Vale em que é possível encontrar (um pouco) de água. No entanto, o fotógrafo não conseguiu chegar até lá porque a estrada estava bloqueada justamente… pelo lago.

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Mas como algo do tipo se formou no meio do deserto? Acontece que o solo de lá é extremamente seco, e não consegue absorver a água da chuva na mesma velocidade que um solo normal. Nessas condições, esse chão, que mais parece um concreto no quesito absorção, gera acúmulos rasos de água, mesmo que a chuva não seja tão forte.

Segundo o serviço do Parque Nacional do Vale da Morte, o lago, que chegou a medir 16 quilômetros de comprimento, não existe mais, mas ainda é possível ver seus vestígios. A água, por não ser absorvida, acaba se acumulando em depressões na região. Quando ela evapora, deixa para trás sal e uma série de marcações na terra.

Confira a imagem abaixo:

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