PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Agora dá para salvar imagens no DNA

Suas moléculas têm capacidade de armazenamento maior do que qualquer HD.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 19h12 - Publicado em 12 abr 2016, 21h15

Cientistas descobriram que a ferramenta com maior capacidade para armazenar informações já está dentro de você. Não, não é nenhum tipo de frase motivacional. A ideia, na verdade, é bem literal. Uma nova técnica grava imagens dentro de moléculas de DNA. O processo promete que os arquivos fiquem salvos por séculos, e que o espaço necessário para armazenar dados seja reduzido milhares de vezes.

O projeto surgiu de uma parceria da Universidade de Washington com a Microsoft, e já deu certo. Os pesquisadores envolvidos afirmam que conseguiram salvar quatro imagens em uma hélice de DNA (uma delas é um emoji de macaco). Tão importante quanto gravar o conteúdo dentro da molécula é o fato de que os pesquisadores conseguiram abrir essas imagens mais tarde, sem que nenhum erro acontecesse, e nenhum byte fosse perdido.

Imagens no DNA
Três das quatro imagens salvas em um DNA

LEIA: No futuro, talvez você receba o órgão de um porco

O processo se dá em duas etapas. Na primeira os pesquisadores transformam imagens em números, usando um sistema binário. Isso não é novidade alguma, se você tentar abrir uma foto no bloco de notas de seu computador, por exemplo, verá que é exatamente isso que acontece – a figura se transforma em um monte de 0s e 1s. A segunda etapa, essa sim bem complexa, foi criar um padrão em que esses números tivessem equivalentes em unidades de adenina, citosina, guanina e timina – substâncias bases do DNA.

Continua após a publicidade

Na prática é um código onde os números 00, 01, 10 ou 11 são convertidos nas quatro substâncias. Dessa forma, ao ler o DNA, os cientistas obtinham o mesmo código binário da imagem, e conseguiram reproduzi-la novamente sempre que quisessem.

Agora, há dois principais empecilhos para que a técnica seja usada com mais frequência: o custo e a escala. Produzir esse tipo de codificação ainda é muito caro e não se sabe se o sistema, que funcionou com apenas quatro fotos, daria resultado se fossem milhões de arquivos – principalmente se localizados em uma mesma hélice de DNA.

A ideia, porém, é promissora. Pesquisadores afirmam que os espaços utilizados hoje para armazenar dados (depósitos de servidores, por exemplo) seriam bastante reduzidos. Uma área que hoje ocupa o tamanho de um supermercado poderia passar a ter as dimensões de um cubo de açúcar.  Além disso, um arquivo armazenado dentro desse sistema não correria o risco de se perder com a queima de um HD, por exemplo. “A vida produziu essa molécula fantástica que armazena eficientemente todos os tipos de informação sobre como sistemas vivos funcionam – e que é muito, muito compacta e durável”, afirma Luis Ceze, engenheiro da universidade e co-autor do estudo. “Essencialmente, estamos adaptando esse sistema para armazena informação digital – fotos, vídeos, documentos – de um jeito prático, por centenas ou milhares de anos.” Por mais que a tecnologia humana tenha avançado, falta muito para ela empatar com a sofisticadíssima engenharia milenar da evolução.

Continua após a publicidade

LEIA TAMBÉM:

Humanos desistiram da poligamia por causa de DSTs, diz estudo
– Suas alergias dependem da estação do ano em que você nasceu
Cientistas criam relógio para prever data da morte

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.