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Anvisa aprova nova vacina contra dengue no Brasil. Veja o que você precisa saber

Fabricada por um laboratório japonês, a Qdenga poderá ser aplicada em pessoas de quatro a 60 anos, que já contraíram ou não a doença.

Por Luisa Costa
3 mar 2023, 17h54
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  • Nesta semana, a a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue. A Qdenga (TAK-003), produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, protege contra os quatro sorotipos do vírus e pode ser aplicada em quem nunca teve a doença.

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    Esse é um diferencial importante do novo imunizante. Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil é a Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi Pasteur. Ela é recomendada somente para quem já teve contato com o vírus da dengue, exige três doses e não foi incorporado ao cardápio de vacinas do SUS. A Dengvaxia protege contra uma possível segunda infecção – quando se torna mais comum o desenvolvimento da dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, que pode levar à morte.

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    A Qdenga, por sua vez, poderá ser aplicada em quem já teve ou não a doença. Ela funciona em um esquema de duas doses, com intervalos de três meses entre as aplicações. Segundo a Anvisa, é indicada para pessoas de 4 a 60 anos de idade.

    Nos ensaios clínicos, o imunizante mostrou ter uma eficácia de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo 12 meses após a segunda dose. Ele também pode reduzir hospitalizações e óbitos em 90% – seu uso já foi autorizado em países da União Europeia.

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    A Anvisa analisou o pedido de registro da empresa japonesa por mais de um ano. A partir de agora, a Qdenga poderá ser comercializada na rede privada de saúde e, caso o Ministério da Saúde decida incorporá-la ao plano nacional de vacinação, distribuída pelo SUS.

    A dengue no Brasil

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    A dengue ficou mais frequente no Brasil nos últimos anos: foram 1.106 mortes pela doença em 2022, e 1.450.260 casos prováveis da doença (um aumento de 162,5% em comparação a 2021). Ela é transmitida pelas fêmeas do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz com facilidade durante períodos chuvosos, quando é mais comum encontrar água parada por aí.

    A doença pode ser assintomática ou causar sintomas como febre; dor de cabeça; dor atrás dos olhos; dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. Pessoas que apresentam a forma grave da dengue ainda podem ter falta de ar, sangramentos, dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes.

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    Não existe um medicamento específico para tratar a dengue, e qualquer um pode contrair a doença. Entretanto, pessoas mais velhas ou com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de desenvolverem a forma grave da doença.

    Além das vacinas já disponíveis, há boas chances de termos, no futuro, um imunizante contra a dengue 100% nacional. A Butantan-DV começou a ser desenvolvida pelo Instituto Butantan há dez anos e, agora, os trabalhos entraram na reta final. Dados preliminares mostraram uma eficácia de 79,6% do imunizante contra a doença nos ensaios clínicos de fase 3. Esta é a última fase antes da aprovação pela Anvisa – que deve avaliar o imunizante depois que todos os voluntários do estudo completarem cinco anos de acompanhamento, em 2024.

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