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Como funciona o distanciamento social?

Ele começa com a recomendação de ficar em casa, passa por fechamento do comércio e pode chegar à quarentena para retardar o avanço do coronavírus. Entenda.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 18 mar 2020, 16h17 - Publicado em 18 mar 2020, 16h11

Países ao redor do mundo estão tomando medidas extremas para conter a propagação do novo coronavírus, iniciada na China. O Brasil, que até o momento conta com 370 infectados e duas mortes, também está buscando conter a pandemia. Uma das principais providências indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é o distanciamento social. 

A prática busca restringir o contato entre as pessoas por meio de várias medidas. A primeira delas é pedir que as pessoas fiquem em casa, o que já tem sido feito. Em seguida, ocorre o fechamento de escolas, universidades, escritórios e outros estabelecimentos considerados não prioritários, como cinemas, shoppings e academias. Isso já está ocorrendo, de forma gradativa, em vários estados do Brasil. Num momento seguinte, pode haver a redução ou interrupção dos sistemas de transporte público – medida que foi anunciada hoje por sete cidades do ABC paulista.  

Se o número de casos continuar crescendo de forma exponencial, a situação pode evoluir para isolamento forçado, com todo mundo sendo obrigado a ficar em casa, só podendo sair para ir ao supermercado ou à farmácia. O Ministério da Saúde anunciou que essa medida poderá ser considerada quando, e se, 80% dos leitos de UTI estiverem ocupados devido à Covid-19. Ela já está em vigor na Itália e na França, e provavelmente será iniciada em Portugal. 

É importante ter em mente que pacientes assintomáticos também podem transmitir a Covid-19. Além disso, São Paulo e Rio de Janeiro já estão na fase da transmissão comunitária, ou seja, em que o vírus se espalha entre a população local (os novos casos vêm de dentro dela, e não de pessoas que viajaram para outros locais). 

Tais motivos tornam o distanciamento social a melhor opção. Ele se mostrou efetivo em outros momentos da história, como durante a gripe espanhola de 1918. Também foi a principal medida tomada na cidade de Wuhan, na China, epicentro da doença. Agora, o país mostra estar se recuperando

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O distanciamento social também tem a intenção de retardar a propagação do vírus. Mesmo que as pessoas peguem a doença, não será toda a população de uma vez só, evitando a superlotação dos serviços de saúde e diminuindo o número de óbitos. Já que é difícil ou impossível frear a propagação do vírus, a ideia é desacelerá-la. 

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Fonte: The Economist (Maria Pace/ The Economist/Montagem sobre reprodução)

O método não deixa de trazer alguns problemas. Gera impactos econômicos devido ao fechamento de fábricas e comércios e também os traz riscos ligados a solidão que alguns idosos devem enfrentar. Mas a medida é importante para, principalmente, manter a segurança dos grupos de risco (idosos, diabéticos, hipertensos e asmáticos). 

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