Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Estudo encontra nova relação entre endometriose e infertilidade

Deficiência de uma enzima chamada HDAC3, que ajuda a preparar o útero para a gravidez, pode ser o X da questão

Por Ingrid Luisa
16 jan 2019, 18h28

A endometriose atinge 7 milhões de brasileiras em idade reprodutiva. Ela acontece quando há crescimento anormal do endométrio, tecido que reveste o útero, e seu excesso acaba indo parar em órgãos como ovários, trompas, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original que está no útero. O resultado são cólicas bem mais fortes e, muitas vezes, dificuldade para engravidar.

De acordo com dados recentes, a endometriose foi a doença mais estudada em ginecologia nos últimos 15 anos. Mas, mesmo assim, suas causas ainda não são plenamente conhecidas. Agora, um estudo de pesquisadores americanos e sul-coreanos concluiu que a falta de uma enzima pode explicar a estreita relação da doença com a infertilidade.

Há tempos que a endometriose está associada com a infertilidade. Pesquisas mostram que de 30% a 50% das mulheres com endometriose se tornam inférteis. A razão mais comum é a danificação das trompas: o processo inflamatório pode obstruir as tubas, o que dificulta (ou até mesmo impede) o transporte do óvulo, prejudicando a fecundação. Mas cientistas descobriram que não é só isso.

Os pesquisadores estudaram amostras de tecido de 21 mulheres com endometriose e infertilidade, e descobriram que a chave da questão poderia ser uma enzima chamada HDAC3. Ela é encontrada no revestimento do útero, e é responsável pelo controle de algumas proteínas que ajudam na preparação do útero para a gravidez. No teste com as voluntárias, os cientistas constataram que mulheres inférteis com endometriose tinham deficiência dessa molécula.

Continua após a publicidade

Os pesquisadores, então, resolveram fazer novos experimentos: induziram a endometriose em babuínos e camundongos e mediram as taxas de HDAC3. O resultado foi o mesmo: os níveis da molécula no revestimento do útero desses animais também caíram.

Por último, usando engenharia genética, os cientistas originaram camundongos sem o gene que induz a produção de HDAC3 no útero. Conclusão: os animais nasceram estéreis. Segundo os pesquisadores, a falta da molécula fez o útero não sofrer as mudanças esperadas na preparação para a gravidez, assim tendo problemas com a implantação de um embrião.

Os cientistas ainda não sabem o que está por trás da queda de HDAC3, mas acreditam que ela esteja relacionada à infertilidade em mulheres com endometriose — e até à própria doença. Essas conclusões podem levar a novos tratamentos para a doença e  direcionar as mulheres com endometriose para tratamentos de fertilidade mais efetivos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.