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O que é a nova diabetes tipo 5

Reconhecida pela Federação Internacional de Diabetes em abril, a doença está associada a desnutrição na infância e na adolescência

Por Ramana Rech
6 jun 2025, 10h00

A diabetes tipo 1 é conhecida por destruir as células que produzem insulina, enquanto a tipo 2 é caracterizada pela incapacidade do corpo de usar a insulina produzida por ele. Mas há uma outra diabetes, a tipo 5, diferente das duas anteriores mais conhecidas. 

Pesquisadores acreditam que ela decorre de um mau desenvolvimento pancreático causado por deficiências nutricionais de longo prazo.

Esse subtipo da doença foi reconhecido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) de forma oficial no Congresso Mundial de Diabetes, que ocorreu em Bangkok, capital da Tailândia, entre os dias 7 a 10 de abril deste ano.

Durante o evento em Bangkok, o presidente da IDF anunciou, a criação de um grupo de trabalho para desenvolver critérios formais de diagnóstico. Esse grupo também terá a função de criar um registro global de pesquisa e desenvolver módulos de treinamento para profissionais da saúde. 

Mas afinal, como alguém pode desenvolver a diabetes tipo 5? Essa condição afeta, principalmente, adolescentes e jovens adultos magros e desnutridos de países de baixa ou média renda. 

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o que ocorre, provavelmente, é que o déficit crônico de calorias e proteínas durante fases cruciais de desenvolvimento humano resulta na redução das células produtoras de insulina do pâncreas.

Para comparação, a diabetes tipo 2 pode estar associada à genética, obesidade e falta de exercícios físicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a diabetes do tipo 1 está relacionada à autoimunidade, e os próprios anticorpos anulam a capacidade do pâncreas de produzir insulina

Pacientes com diabetes tipo 5 costumam apresentar um alto nível de deficiência em insulina e pouco controle metabólico. A doença atinge entre 20 a 25 milhões de pessoas, mas tem maior prevalência na África e na Ásia.

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De acordo com a IDF, até o seu reconhecimento, a diabetes tipo cinco costumava ser diagnosticada como a do tipo 1 ou 2. Ela foi observada pela primeira vez na metade do século 20. No entanto, a diabetes tipo 5 não traz uma resistência à insulina, e sim representa uma deficiência desse hormônio. 

“Quando a gente faz o diagnóstico correto, a gente pode direcar um tratamento mais certo para o defeito que é aquele tipo de diabetes”, explica o médico Fernando Valente, diretor da SBD, lembrando que até pouco tempo atrás, pensava-se que a diabetes 5 correspondia a alta resistência de insulina.

A SBD, agora, está revendo dados para reclassificar casos em potencial de pacientes diagnosticados com diabetes 1 mas que na verdade tem o tipo 5. Mas, ele destaca que é preciso tempo para transmitir as novas ideias à sociedade e treinar profissionais de saúde.

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