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Resumindo: qual é a diferença entre lockdown e quarentena?

São Luís (MA) e Fortaleza (CE) adotaram a medida, que é um passo além do isolamento horizontal: avenidas e estradas são fechadas, e a população só é autorizada a sair de casa para atividades essenciais.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 5 Maio 2020, 19h49 - Publicado em 5 Maio 2020, 19h48

Mais de um mês depois de grande parte do país adotar medidas de isolamento social, alguns locais agora começam a dar um passo além e decretar os chamados lockdowns, com regras ainda mais restritivas. O município de São Luís, no Maranhão, começou seu lockdown nesta terça; enquanto Fortaleza, no Ceará, vai implantar a medida a partir da próxima sexta (8). O que, afinal, vai mudar? 

Em quarentenas – um termo genérico, que vem sendo usado com pouca precisão pela mídia –, o que geralmente acontece é o chamado distanciamento social. Esse distanciamento pode ser mais brando ou mais extremo, dependendo do contexto. O Ministério da Saúde classifica essa estratégia em dois subtipos: o Distanciamento Social Ampliado (DSA) e o Distanciamento Social Seletivo (DSS).

O Distanciamento Social Seletivo (DSS) é o mais brando: defende que apenas pessoas do grupo de risco sejam isoladas e que o resto da população viva normalmente, seguindo alguns protocolos de higiene. Apesar de representar danos menores à economia, não é tão efetivo no combate à doença, já que “os grupos vulneráveis continuarão tendo contato com pessoas infectadas assintomáticas ou sintomáticas, o que torna mais difícil o controle”, explica o Ministério da Saúde em boletim epidemiológico. O DSS é chamado popularmente de isolamento vertical

Já o Distanciamento Social Ampliado (DSA) envolve o fechamento de escolas e estabelecimentos, a proibição de aglomerações e a paralisação da maior parte da atividade econômica não-essencial. A população é aconselhada a ficar em casa e sair somente para o essencial. Essa estratégia, conhecida também como isolamento horizontal, é mais eficiente em combater a propagação do vírus, mas tem sérios impactos na economia.

O lockdown, por sua vez, é o próximo passo nessa escala, ainda mais restrito que o isolamento horizontal adotado atualmente. Nele, a população só é autorizada a sair de casa para serviços essenciais, e pode haver até o uso de força policial para se certificar que a medida esteja sendo cumprida (ou seja, um policial pode te parar na rua para garantir que você só está mesmo indo ao mercado). Além disso, certas áreas são totalmente isoladas e pode haver bloqueio de estradas e controle do trânsito para evitar a circulação de pessoas entre bairros ou cidades.

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Áreas muito afetadas pelo vírus tendem a adotar o lockdown, já que é a forma mais eficaz de se combater a transmissão. Foi assim em Wuhan, epicentro da epidemia na China, em que o governo usava até tecnologias de reconhecimento facial para se certificar de que ninguém estava furando a quarentena. Áreas dos Estados Unidos, Itália e Espanha também decretaram o lockdown quando os casos dispararam. E alguns países, mesmo não tão afetados pela pandemia, optaram por decretar lockdowns cedo para se evitar o pior: é o caso da Nova Zelândia, por exemplo, que saiu da pandemia com apenas 20 mortes por covid-19 no país inteiro. Um feito histórico.

 

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