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7 fatos – e 1 lado bom – do 7×1

Dois anos depois do Mineiraço, ainda tem informações que podem surpreender

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h02 - Publicado em 8 jul 2016, 22h30

Há poucas coisas que conseguem abalar a cultura de um país – mas uma surra dentro de campo no esporte mais popular do mundo, bom, é uma delas. Nesta sexta, 8, o Brasil é palco de um aniversário não muito querido: o Mineiraço, nosso amargo 7 a 1, completa dois anos de existência. Pode até ser que você não ligue para futebol, mas o fato é: o Brasil (e o mundo) nunca mais serão os mesmos; o vexame brasileiro entrou para a história. Separamos alguns fatos que talvez você não saiba, e um lado positivo dessa história toda. Assim, pelo menos dá para citar eles no bar (entre uma lágrima e outra, claro).

1 – Na verdade, o Brasil foi mais ofensivo que os alemães

Apesar do saldo de gols, quem mais atacou, na verdade, foi a seleção brasileira. De acordo com o relatório oficial da Fifa, o Brasil armou 55 ataques, contra 34 dos alemães; também foram 18 chutes da nossa seleção contra 14 dos visitantes. Também levamos vantagem na posse de bola:  em 52% dos 93 minutos de jogo, o Brasil manteve controle do jogo.

2- Foi a dobradinha de gols mais rápida da história

Quando Toni Kroos fez o terceiro e quarto gol da seleção alemã, respectivamente aos 24 e 26 minutos, ele não estava só nos humilhando – estava escrevendo história mesmo. Os 69 segundos que separam as duas balançadas de rede, consagraram-no como o jogador a marcar dois gols com a menor diferença de tempo.

3- 80 anos antes, o Brasil havia tomado mais do que 7 gols

Em 3 de junho de 1934, exatamente 80 anos, um mês e cinco dias antes do fatídico dia, a seleção brasileira também apanhou de muito. Não foram nem 7 gols, foram 8. Era Brasil e Iuguslávia, um amistoso em Belgrado. A diferença é que, além de não estarmos em casa em uma Copa do Mundo, é que daquela vez a gente perdeu mas revidou, o jogo terminou em 8 a 4 para os gringos.

4 – Foi a exibição mais assistida da história da televisão alemã.

Até então, nunca um número tão grande de Alemães havia parado para assistir televisão ao mesmo tempo. De acordo com o canal alemão ZDF Foram 32 milhões e 600 mil deles – 87,8% de todas as TVs ligadas no país naquele momento. Tendo em consideração que o país tem 80 milhões de habitantes, o número aponta que 40% da nação estava gritando “Gol”. Sete vezes.

5 –  Também foi o evento esportivo mais comentado do Twitter

O Twitter também nunca havia reunido tanta gente para falar de um evento esportivo. Foram 35 milhões e 600 mil postagens sobre o Mineiraço. Quando a Alemanha fez seu quinto gol, o volume de comentários chegou a 580 mil tweets por minuto. Muitos deles, claro, eram memes – que até hoje são postados.

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6 – Faziam 62 jogos que o Brasil não perdia em casa – a a última vez havia sido no Mineirão

Com Copa das Confederações, e jogos competitivos no geral, o Brasil costumava se dar bem em casa. A gente já tinha 62 jogos e 39 anos de invencibilidade em terras tupiniquins. A última vez que havíamos perdido por aqui foi em 1975, em um 3 a 1 para o Peru de uma Copa das Américas. O jogo em questão também era uma semifinal, e, mais coincidência ainda: também tinha rolado no Mineirão.

7 – O resultado imprevisível, havia sido previsto

Mesmo sendo um saldo inimaginável até mesmo para o mais otimista dos alemães, teve gente que havia previsto o resultado. Há registros de pessoas que postaram nas redes sociais a goleada, antes dela acontecer de fato. O engenheiro Flavio Spina e a usuária do Twitter @srtadler foram alguns exemplos (que você vê abaixo). Mas também teve gente que ganhou bolões com isso, dentro e fora do Brasil.

 

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1 – lado bom: O peso da maior derrota da história de nossa seleção saiu de Barbosa

O Brasil estava, há 64 anos, cometendo uma injustiça: o Maracanaço, nossa derrota de 2 a 1 para o Uruguai, na final da Copa de 50, havia sido jogada nas costas do então goleiro da seleção, Moacir Barbosa Nascimento. O atleta faleceu em 2000, aos 79 anos, ainda sendo acusado como pivô da derrota brasileira em casa. Depois do 7 a 1, o Maracanaço virou coisa pequena, e, finalmente, começou-se a ver Barbosa como um grande jogador. Em entrevista ao UOL, poucas horas depois do Mineiraço, a filha do goleiro, Tereza Borba afirmou acreditar que o pai estaria feliz com o vexame brasileiro de 2014. “Isso foi pra mostrar que Barbosa tem valor. Ele era ótimo goleiro e foi um grande injustiçado”, disse ela. Antes tarde do que nunca. 

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