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Índios da amazônia boliviana são o povo mais saudável do mundo

As artérias do povo Tsimane são 5 vezes menos entupidas que as dos norte-americanos – só 3% da população está no grupo de risco de doenças cardíacas

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 mar 2017, 18h18 - Publicado em 24 mar 2017, 18h09

Nada de McDonald’s. O povo Tsimane, grupo indígena amazônico que habita o território boliviano, tem os menores índices de doenças vasculares do mundo. Por lá, as artérias coronárias – responsáveis por levar oxigênio aos músculos do coração – são, em média, cinco vezes menos entupidas que as dos norte-americanos.

“O estilo de vida deles sugere uma dieta com poucas gorduras saturadas e muitos carboidratos não processados, ricos em fibras”, explicou Hillard Kaplan, professor da Universidade do Novo México, nos EUA. “Além disso, eles não fumam, caçam animais selvagens e são fisicamente ativos durante a maior parte do dia.” Trabalhadores de grandes cidades são sedentários por, em média, 54% do período que passam acordados – já os Tsimanes passam no máximo 10% do dia sem se mexer.

Arroz, mandioca, milho, nozes e frutas compõem 72% da alimentação dos Tsimane. Os outros 28% são proteínas (14%) e gorduras (14%). Das 38 g de gordura consumidas por dia, só 11 g são saturados. Para conseguir os dados, a equipe de Kaplan levou uma máquina de tomografia computadorizada para dar uma volta na floresta. 85 vilarejos foram visitados, e 705 pessoas com mais de quarenta anos foram “escaneadas”.

596 dos voluntários (85%) não apresentaram nenhum risco de sofrer com doenças cardíacas. Só 20 pessoas – 3% da amostra – estavam em risco moderado ou alto. Quando a amostra era limitada aos maiores de 75 anos, a parcela de idosos em perigo era só 8%. Essa é a menor taxa de envelhecimento vascular já registrada na literatura científica – nenhuma outra população do mundo alcança a terceira idade tão bem do coração. Para comparar, um estudo anterior com 6814 norte-americanos revelou que só 14% deles não são propensos a desenvolver problemas cardíacos. 50% da população do país está no grupo de risco alto ou moderado.

Moral da história? Você não precisa ir viver de caça e coleta em regiões inóspitas se quiser ter uma vida longa e próspera, mas se mexer e ficar de olho no prato sempre será um bom jeito de não passar desta para a melhor. Segundo o artigo científico, cerca de 90% dos casos de doenças coronárias ao redor do mundo estão associados a fatores de risco clássicos, como cigarro e alimentação inadequada.  

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