Bitcoin foi a moeda que mais valorizou em 2016
A moeda (digital) mais forte do mundo voltou a atingir o patamar de 2013, quando prometia revolucionar a economia mundial
O bitcoin (BTC na sigla oficial), moeda eletrônica que bombou em 2011, já estava virando motivo de piada, passados os anos de hype e de especulações a respeito do seu potencial de revolucionar a economia mundial. Mas aí veio 2016 e o valor da moeda eletrônica decolou 125% em relação ao dólar, se aproximando do pico histórico: US$ 1.163, ao final de 2013 – enquanto esta nota está sendo escrita, 1 BTC vale US$ 1.020, segundo o índice CoinDesk.
A valorização consistente do bitcoin em um ano tão instável política e economicamente como foi 2016 (eleição de Trump, Brexit, guerra na Síria) faz com que ele passe a ser visto como algo mais do que um investimento de alto risco. A agência de notícias France Presse (AFP) chegou a sugerir que a moeda eletrônica pode ser encarada por alguns como um refúgio em tempos de turbulência, tipo o que acontece com o ouro – o nobre metal é sempre mais procurado em épocas de incertezas sobre os rumos dos mercados.
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Outro ponto favorável para uma maior adesão ao bitcoin é a descentralização da moeda, que não depende de bancos centrais para sustentá-la. As transações são feitas de usuário para usuário, com uso de criptografia, o que agiliza o fluxo entre pessoas, empresas e até países.
Um ponto controverso desse livre fluxo, porém, é seu uso na deep web, para compra e venda de produtos e serviços ilícitos, como drogas ilegais, armamentos e até assassinatos por encomenda.
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Enquanto não dá para carregar BTCs no bolso para comprar no supermercado, pagar o ônibus ou abastecer o carro – para adquirir jogos online, passagens de avião e até um café no Starbucks, já dá –, o jeito é esperar (ou pagar) para ver se a moeda (eletrônica) mais forte do mundo ressurgiu das cinzas para valer ou se vai se encher ainda mais de especulação até estourar como uma bolha.