Este macaco é um robô. Isso significa que ele só faz o que manda o seu programa, certo? Errado. O robô-macaco Brachiator III, desenvolvido na Universidade de Nagoya, no Japão, mostra que algumas máquinas são capazes de aprender sozinhas – ou seja, têm inteligência artificial. Ele pula de galho em galho sem cair. Parece algo simples para seus parentes animais. Mas pense. Para saracotear pelas árvores, o cérebro do macaco tem um trabalho danado. Ele precisa calcular variáveis como peso, velocidade, resistência do galho e distância. O símio eletrônico faz isso. ”Ele está programado para distinguir erros de acertos, e, assim, vai aprendendo”, explicou à SUPER o engenheiro Toshio Fukuda, pai do macaquinho. O chato é que, se numa dessas ele cai, não sabe se levantar sozinho. “Para não quebrar, pusemos uma rede embaixo”, diz Fukuda. “Assim podemos continuar as experiências.”
O que você tem que saber
• Brachiator III
• Demorou quinze anos para ser feito
• Tem catorze motores no corpo e um cérebro eletrônico
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Algo mais
Máquinas inteligentes ganharam fama com o supercomputador HAL, em 2001, Uma Odisséia no Espaço (1968), do cineasta Stanley Kubrick e do escritor Arthur Clarke. Mais de trinta anos atrás, ele já imaginava que os computadores iriam pensar e tomar decisões sozinhos.