A menor caneta do mundo desenha linhas tão finas que você precisa de um microscópio atômico para enxergá-las. Na apresentação da dip-pen nanolithography (DPN), em 1999, os cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, rabiscaram um cubo de 30 milionésimos de milímetro. Se não existisse o tal microscópio de observação de átomos, ninguém teria comprovado a eficiência da nova caneta. A DPN será importante na fabricação de circuitos nanoeletrônicos, muito menores que os nossos velhos circuitos eletrônicos de computadores e aparelhos eletrodomésticos. Eles vão equipar, por exemplo, roupas inteligentes, que regulam a temperatura interna conforme as variações da temperatura externa. A nova tecnologia é tão importante que a pesquisa foi financiada pela força aérea americana.
No lugar do nanquim, os cientistas usaram uma substância oleosa de enxofre chamada octadecanetiol. A tinta da caneta tinha as características perfeitas para ser absorvida pela superfície de partículas de ouro e sílica. Por ser um produto sofisticado, você nunca usará uma DPN para escrever na sua agenda. Até porque todos os movimentos dessa caneta são controlados por computador.