Hoje, ele já está sendo substituído pelo discman mas, quando surgiu, há quase duas décadas, o walkman foi sem dúvida uma grande sacada. A lampadinha acendeu na cabeça do japonês Akio Morita, então com 58 anos, presidente da Sony, uma das maiores indústrias de produtos eletrônicos do mundo, quando ele viu Massaru Ibuka, sócio da empresa, carregando um gravadorzão portátil e um par de fones. Ibuka queria escutar música sem atrapalhar ninguém, mas não escondia seu descontentamento em carregar aquele trambolho. Isso foi em 1979 e Morita, rápido no gatilho, pediu à equipe de engenheiros um projeto de toca-fitas pequeno, portátil e com fones de ouvido leves.
Os técnicos reclamaram. Um aparelho que não grava seria um fracasso de vendas, garantiram. Estavam errados.
A invenção gerou uma revolução comportamental, criando um jeito novo de se ouvir música. O que era coletivo virou individual, quase íntimo. Até o nome, uma criação do setor mais jovem da Sony, que foi criticado como mau inglês (o certo seria walking man), pegou logo de cara.