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Primeiro rover europeu em Marte usará energia nuclear para se aquecer

Novo veículo de exploração faz parte da missão europeia ExoMars, que busca encontrar vestígios de vida do passado do planeta vermelho.

Por Caio César Pereira
23 Maio 2024, 19h00

Em um projeto realizado em parceria com a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) enviará seu primeiro rover para Marte em 2028. Esse veículo de exploração será parte da missão europeia chamada ExoMars, e, diferentemente de outros rovers, terá aquecedores que funcionarão a partir de energia nuclear para suportar as baixas temperaturas no planeta vermelho.

O rover europeu, chamado Rosalind Franklin em homenagem a uma das pesquisadoras responsáveis pela descoberta da estrutura do DNA, será  equipado com uma tecnologia de aquecimento através de radioisótopos (radioisotope heater units ou RHUs). Esses aparelhos utilizam a energia do decaimento de átomos radioativos para gerar calor.

Em um ambiente cuja temperatura média fica em torno de -65 ºC  (podendo alternar entre 20°C e -153°C), Marte em geral é um lugar bem frio para depender somente da eletricidade gerada por painéis solares.

O Rosalind Franklin também tem painéis solares, mas, além deles, ele utilizará isótopos de amerício-241 para se aquecer. É uma novidade: em geral, esses equipamentos utilizam o plutônio-238. É que, apesar de ser um isótopo menos potente, o amerício é mais barato e fácil de obter do que o plutônio.

Esses novos aparelhos alimentados por energia nuclear fazem parte de um projeto da da ESA para desenvolver novas fontes de energia para as futuras viagens espaciais. 

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O projeto busca ampliar o desenvolvimento de baterias nucleares até o final da década, criando ]um gerador de energia que além de fornecer calor, também utilize a própria energia gerada para alimentar as espaçonaves.

O rover Rosalind Franklin funcionará da seguinte maneira: os aquecedores RHUs irão ajudar a aquecer os equipamentos do veículo dentro da plataforma de pouso assim que ele chegar em Marte. Essa energia dos RHUs funcionarão como um backup caso aconteça algum problema. Assim, só depois de sair da plataforma e começar a andar pela superfície é que o rover irá abrir seus painéis solares.

O Rosalind Franklin, claro, não será o único rover no planeta vermelho. Ele irá fazer companhia aos outros dois rovers da NASA que estão por lá: o Curiosity, que pousou em Marte em 2012, e que continua funcionando até hoje, e o Perseverance, que chegou ao planeta em 2021. O Zhurong, rover da sonda chinesa Tianwen-1, estava ativa até maio de 2022, quando entrou em hibernação planejada.

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A missão ExoMars, do qual Rosalind Franklin será parte, é uma missão não tripulada da ESA para explorar Marte – e tentar descobrir qualquer tipo de vestígio da existência de vida no passado do planeta vermelho.

A missão é dividida em duas partes: a primeira foi o envio de um orbitador espacial Trace Gas Orbiter (TGO) e do módulo de pouso Schiaparelli. Lançada em 2016, essa primeira etapa da missão busca evidências de metano e outros gases atmosféricos que possuam traços de assinatura de processos biológicos ou geológicos ativos – é essa a principal função do TGO.

Já o módulo de pouso Schiaparelli é uma pequena estação meteorológica de pesquisa, que também testou novas tecnologias, em preparação para as futuras  missões em Marte. A segunda parte da missão, programada para 2028, consiste no envio da Rosalind Franklin, que irá realizar perfurações e outros tipos de busca na superfície do planeta em busca de sinais de vida.

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