Spore: agora você é Deus

Texto Pedro Burgos

Você começa o jogo como um micróbio e vai evoluindo até que seus descentes se transformem numa espécie superinteligente, capaz de explorar todos os cantos da galáxia. Essa é a essência de Spore, uma das maiores superproduções da história dos games de computador, que demorou 5 anos para ser produzido. Mas dizer isso é pouco. Esse game junta o que tem de melhor nos outros jogos de estratégia. E coloca o jogador no comando de um jeito inédito. Em Spore você não apenas gerencia seu império mas também vê as cidades em todos os detalhes. Não só monta tropas como controla os movimentos de cada um dos soldados. Desenhando a armadura, inclusive. Tudo isso não é para menos: Spore é o projeto mais ambicioso do britânico Will Wright, que tem as credenciais de ter criado dois jogos que mudaram a indústria dos jogos eletrônicos. Foi ele quem bolou sozinho há quase 20 anos o SimCity, deixando os jogadores como prefeitos superpoderosos de uma cidade, e mais recentemente fez The Sims, o jogo mais vendido de todos os tempos, em que você comanda pessoas. Spore de uma certa forma tenta juntar os dois conceitos. E, mais do que isso, busca agradar os jogadores casuais. No nível fácil de dificuldade dá para jogar de maneira bem descompromissada, montando bichos absurdos e testando suas possibilidades de sobrevivência e de evolução. Tipo: uma criatura herbívora que dança e canta para fazer amizade teria mais ou menos chances que um predador de dentes afiados, veneno e espinhos? Jogue e verá.

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