Se uma pulga tivesse a altura média de um atleta (1,80 metro) e se inscrevesse nas Olimpíadas, levaria a medalha de ouro no salto em altura: seria como o homem atingir 300 metros, ou o topo da torre Eiffel. Isso porque um salto depende, entre outras coisas, da ação de proteínas. No caso da pulga, é a resilina, secretada no ventre, responsável pela performance. Em estado de tensão, a substância é liberada de uma vez só e dá 90% da energia que a pulga precisa para pular. Nos vertebrados, a potência muscular é medida pelo número de fibras e o volume do músculo. Quanto maior, melhor. Mas eles também dependem de duas proteínas fundamentais: fosfocreatina e ATP (adenosina trifosfato), que armazenam e transformam energia química em mecânica no momento em que o cérebro envia o comando ao músculo para concentrar esforço e tomar impulso