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Brasil será o provável campeão da Copa do Mundo, diz grupo de cientistas

Modelo estatístico colocou Bélgica, Argentina, França e Inglaterra logo atrás da nossa seleção. Entenda como os pesquisadores chegaram a esse resultado.

Por Luisa Costa
Atualizado em 18 nov 2022, 18h27 - Publicado em 18 nov 2022, 17h50

O Hexa vem. Pelo menos, é o que prevê Nick Barlow e seus colegas do Alan Turing Institute, de Londres. Em um recente modelo estatístico desenvolvido por eles, o Brasil tem 25% de chance de vencer a Copa do Mundo de 2022, que começa neste domingo (20) no Catar.

Parece pouco, mas é um baita número. A Bélgica, segunda colocada no ranking, ficou com 19% de chance de levar a taça para casa. Em seguida estão Argentina, com 13%; França (11%); e Inglaterra, com 7% de chance de vencer a final.

Os cientistas de dados usaram um modelo estatístico baseado em outro, desenvolvido em 2018 para prever os resultados do Fantasy Premier League – um jogo semelhante ao nosso Cartola FC, só que da primeira divisão do futebol inglês: os usuários escalam um time fictício de futebol e pontuam com base no desempenho dos atletas em jogos reais.

O modelo anterior tinha parâmetros para a força de ataque e defesa de cada equipe, e também considerava a vantagem de torcida que um time teria ao jogar em casa, no próprio estádio. E, a partir disso, calculava o placar mais provável para determinada partida.

Agora, o pessoal do Alan Turing Institute ajustou o modelo para a Copa do Mundo, levando em conta, por exemplo, que em um torneio internacional a vantagem de casa só existe para o anfitrião – no caso, o Catar. Eles também deram mais peso aos resultados de certas partidas, como semifinais e finais.

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Como foi a previsão

Depois das atualizações, os cientistas rodaram o modelo em torneios anteriores (da Copa de 2002 à de 2018) para conferir se suas previsões correspondiam aos resultados do mundo real. Os pesquisadores defendem que as simulações foram bem-sucedidas, sem entrar em detalhes.

Mais ajustes foram feitos a partir do desempenho nessas previsões, e só então passaram para a previsão deste ano. Foram 100 mil simulações para ver quais times ganhavam o torneio do Catar com mais frequência.

Depois da Inglaterra, quinta colocada no ranking, aparece a Espanha, com 4,8% de chance de vencer a final, e a Holanda, com 4,7%. Logo depois está a Dinamarca, quase empatada com Portugal, com 3,1% e 3% de chance, respectivamente; e a Croácia, também colada com a Alemanha, com 1,9% e 1,7%.

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Os cientistas não consideram, claro, todos os fatores que podem determinar quem levanta a taça no fim das contas. Não há como prever, por exemplo, o desempenho excepcional de um ou outro jogador. Ou como clima e diferença de fuso horário podem favorecer uma equipe.

Também não entrou na conta a habilidade das equipes em disputas de pênaltis. Em vez de coletar dados históricos sobre o desempenho das seleções, os cientistas preferiram apenas considerar uma chance de 50% de sucesso para cada time nesse momento que nos coloca de pé, roendo as unhas.

Dá para confiar?

Achim Zeileis, da Universidade de Innsbruck (Áustria), também se juntou a colegas para desenvolver um modelo estatístico e tentar prever o campeão da Copa de 2022. 100 mil simulações depois, eles também apontaram a seleção brasileira como a favorita, mas com uma porcentagem menor: 15% de chance de vitória.

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Já o mercado de seguros Lloyd’s of London fez outra previsão: de que a Inglaterra vencerá o torneio, derrotando a seleção brasileira na final. Aqui, o modelo funciona de outra forma. Ele se baseia na noção de que os salários são uma boa régua para o talento no futebol – e se apoia na receita estimada dos jogadores. A Lloyd’s já acertou os ganhadores das Copas de 2014 e 2018.

De qualquer forma, todas as previsões têm (muita) chance de erro. A própria equipe do Alan Turing Institute afirma: “Certamente não recomendamos apostar em nenhuma das nossas previsões. […] Não importa quão bom seja o seu modelo, o futebol é um jogo bastante aleatório.”

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