Os quasares são campeões de energia porque somam a força dos buracos negros em que a concentração de matéria torna-se infinita e a grande quantidade de estrelas existentes no centro das galáxias jovens. Quando as estrelas espiralam para o buraco negro, emitem energia mais que suficiente para ofuscar o resto da galáxia, algo com 100 bilhões de estrelas. Não bastasse isso, os astrônomos acabam de divulgar uma nova descoberta: um quasar, o 4C73.18, que não se contenta com apenas um buraco negro. Parece conter dois, dançando de rosto colado a menos de 180 bilhões de quilômetros um do outro. É pouco, comparando às dimensões normais de uma galáxia, da ordem de 100.000 anos-luz (um ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros). A nova hipótese é tão forte, que já se considera o 4C73.18 (a bilhões de anos-luz da Terra) apenas o mais evidente no caso de duplos buracos negros. Entre outros candidatos estão o quasar 3C273, o primeiro descoberto, em 1964, e o quasar da galáxia M87. Os buracos negros do 4C73.18 parecem ter massa equivalente à de 100 milhões de sóis, e sua dança pode estar gerando ondas gravitacionais oscilações na geometria do espaço e do tempo.