Casas mais ricas têm mais tipos de insetos, diz estudo
O famoso "a gente é pobre mas é limpinho"
Se você sonha em morar numa mansão com um jardim gigante, naquele bairro nobre da cidade, pense duas vezes. Segundo um estudo da Academia de Ciências da Califórnia, essas casas chiquérrimas têm duas vezes mais espécies de insetos do que as mais simples.
Os cientistas investigaram a presença de insetos em 100 casas na Carolina do Norte – 50 mansões e 50 lares mais pobres -, em bairros ricos e pobres. Eles descobriram que, nos casarões, havia 100 espécies diferentes – entre elas, aranhas, mosquitos, centopeias e baratas. Já nas casas mais modestas, os caras encontraram menos da metade dessa diversidade.
LEIA: O poder dos insetos
Veja bem: não é que as casas mais ricas tenham mais insetos – a diversidade de espécies só é maior nesses casos. No começo, os cientistas achavam que isso acontecia porque as mansões tinham jardins, mas só essa explicação não dava conta do mistério, já que as residências pobres muitas vezes tinham jardins e hortas do mesmo tamanho ou até maiores do que os das casas ricas.
LEIA: Entenda por que devemos começar a comer insetos
Então, os pesquisadores acreditam que a concentração maior de especies nos lares chiques aconteça por causa do “efeito de luxo”: em bairros nobres, geralmente há mais vegetação, parques e praças, além dos jardins das casas em si, o que torna mais fácil para os insetos – e outras espécies, como pássaros, lagartos e morcegos – se reproduzirem.
Com esse estudo, os caras concluíram que urbanização tem um impacto ainda maior do que se imaginava na biodiversidade das cidades – mas que manter áreas verdes dentro e fora das casas pode ajudar a preservá-la.